EVOLUINDO POR MEIO DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Apresentação
O curso de Educação Financeira tem sido oferecido sistematicamente à comunidade acadêmica do Instituto de Ciência e Tecnologia e à Comunidade de Poços de Caldas - MG desde o segundo semestre de 2014. Neste curso abordam-se conceitos básicos de matemática financeira, cálculos envolvendo financiamentos (Tabelas SAC e PRICE) e rendimentos de aplicações financeiras. Aborda-se também, de maneira geral, como devemos lidar de maneira racional com o dinheiro, evitando-se gastos supérfluos e poupando para as emergências e necessidades. A formação de patrimônio emergencial e patrimônio de independência financeira é estimulada. Por fim, aborda-se também os vários ativos financeiros que podem ser utilizados pelo poupador para atingir seus objetivos, sendo eles Renda Fixa (poupança, CDBs, Letras e Tesouro Direto), Moedas (Dólar e Ouro), Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e Ações. Nesta edição, o curso será oferecido exclusivamente para membros da comunidade não acadêmica.

Objetivos
a) Promover a Educação Financeira b) Contribuir para fomentar o aumento da poupança interna nacional c) Capacitar pessoas para investir seus recursos de maneira mais eficiente em termos de rentabilidade d) Estimular a busca pelo conhecimento sobre investir e empreender e) Aumentar a motivação dos participantes na busca por seus objetivos pessoais e profissionais

Justificativa
O Brasil precisa estimular os poupadores. Precisamos de poupadores, não de devedores. O número de devedores no país somente tem aumentado nos últimos anos, por falta de Educação Financeira e por políticas públicas que tem estimulado o consumo em detrimento à poupança. Em 2018, ano no qual este projeto será desenvolvido, a economia do país ainda está muito combalida, pois estamos atravessando a pior recessão dos últimos 80 anos da nossa história. E a maioria da população passou por essa crise com grandes dificuldades. Por que? Porque numa crise econômica, ocorre elevação dos juros e retraimento do investimento. Conseqüentemente há retração no consumo, o que acarreta queda na produção. Com a atividade econômica retraída, ocorre diminuição da arrecadação tributária e o governo se vê obrigado a aumentar os impostos. As empresas, com diminuição do faturamento e aumento da carga tributária, se vêem obrigadas a demitir. O aumento do desemprego gera queda ainda maior no consumo além de aumentar os níveis de inadimplência. É um círculo vicioso, uma espiral descendente que produz como efeito colateral o empobrecimento de todos, e torna mais difícil a vida de quem é economicamente vulnerável (devedores). O poupador é o indivíduo que consegue, dentro de um determinado intervalo de tempo, pagar todas as suas despesas com os seus rendimentos e verifica um superávit no seu orçamento doméstico. Em outras palavras, o poupador é aquele que consegue pagar todas as suas contas mensais/anuais e consegue guardar um pouco de seu salário. O ideal é guardar sempre um pouco do salário mensalmente. É claro, há meses no ano nos quais os gastos são maiores, como por exemplo no mês de janeiro, nos quais há uma série de despesas extras, como impostos que historicamente são cobrados nestes meses (IPTU e IPVA), bem como despesas extras relacionadas à compra de material didático para os filhos em idade escolar. Mas o ideal é economizar sempre. Quanto maior a capacidade de poupança, mais cedo se atingirá a estabilidade financeira. Entretanto, ainda mais importante do que o montante economizado mensalmente é a rentabilidade obtida com as aplicações efetuadas sobre o capital excedente. Quanto maior a rentabilidade, mais rapidamente se atinge a estabilidade financeira. Visando aumentar o seu patrimônio, o poupador deve procurar investir adequadamente os excedentes mensais de seu salário. O mercado financeiro oferece uma ampla gama de ativos que podem ser utilizados pelo poupador. Ao escolher uma ou mais formas de aplicação, o investidor deve estar consciente de três parâmetros que devem ser avaliados em qualquer ativo. São eles: rentabilidade, risco e liquidez. A rentabilidade de um investimento refere-se à capacidade de gerar ganhos. Realizar investimentos altamente rentáveis propicia uma multiplicação do capital investido ao longo do tempo, aumentando a rapidez com a qual o investidor pode adquirir sua independência financeira. Entretanto, infelizmente, no mercado financeiro, a rentabilidade potencial de um investimento é proporcional ao seu risco. Ou seja, quanto maior o potencial de rentabilidade de um investimento, maior é o risco de que haja perdas do capital investido. Por outro lado, investimentos de baixo risco também apresentam baixa rentabilidade. É necessário também alertar que não existe investimento isento de risco. Em todo e qualquer investimento, sempre há um risco inerente à ele. O risco de um investimento pode ser pequeno, mas não nulo. Por fim, o investidor deve avaliar a liquidez do investimento. Aplicações de alta liquidez são aquelas que podem ser facilmente retiradas e convertidas em espécie (dinheiro). Um exemplo, aplicações na poupança. A qualquer momento, o investidor pode procurar sua agência bancária ou mesmo um caixa eletrônico e fazer a retirada parcial ou total do saldo aplicado. Por outro lado, um investimento num imóvel exemplo tem uma liquidez muito baixa. Na necessidade de vendê-lo para convertê-lo em espécie, o investidor pode encontrar alguma dificuldade na transação, por falta de compradores, e também pelo longo tempo envolvido na transação de compra e venda. Esses três parâmetros, intrínsecos a qualquer investimento, devem ser muito bem avaliados para que a escolha por determinado ativo(s) seja bem fundamentada. O investidor deve ter um bom conhecimento das áreas do mercado no qual ele deseja investir. E é importante também, além do conhecimento dos ativos financeiros e de seu comportamento, diversificar os investimentos. Enquanto o conhecimento protege o investidor dos ativos com alto risco de prejuízo, a diversificação protege-o dos riscos que ele não sabe que está correndo. Com foco no pequeno investidor, este projeto tem a finalidade de discorrer sobre os principais instrumentos de aplicação financeira, contribuindo para promover a Educação Financeira e melhorar a economia do país pela disseminação do conhecimento acerca do tema.

Beneficiário
Membros da comunidade não acadêmica que residam em Poços de Caldas.