CUIDADO FARMACÊUTICO NA DOR

Apresentação
Pesquisas mostram que a maioria dos brasileiros anda com um comprimido de analgésico no bolso e que 89% tomam algum tipo de analgésico, quando sentem dor de cabeça de qualquer intensidade. O uso indiscriminado de analgésico, em países como Estados Unidos e Inglaterra, tem causado preocupação para os profissionais da área da saúde, uma vez que os sintomas de dor podem se confundir com quadros complexos que merecem atenção e tratamentos distintos, pois a dor é um sintoma de que está ocorrendo alguma alteração fisiológica que resultará em uma patologia ou doença. O tratamento da dor deve seguir as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), que criou a “escala analgésica” estabelecendo a terapia medicamentosa conforme a intensidade da dor. A escolha dos medicamentos deve ser realizada com base em evidências clínicas considerando critérios de segurança, conveniência e facilidade de acesso. Durante o cuidado farmacêutico, são realizadas intervenções que visam otimizar a farmacoterapia

Objetivos
1 - Avaliação da prescrição de medicamentos e/ ou análise da automedicação de medicamentos utilizados para tratamento da dor; 2 - Educação dos profissionais da área de saúde sobre terapia medicamentosa, enfocando toxicidades potenciais e interações com suplementações alimentares, terapias alternativas e complementares; 3 - Garantir que pacientes e cuidadores entendam e sigam as orientações relacionadas aos medicamentos. O farmacêutico deve explicar a diferença entre adição, dependência e tolerância e desmistificar conceitos errôneos sobre opióides. Quando necessário, agendamento de consulta farmacêutica para cada paciente atendido pelo programa, para comunicar-se diretamente com ele ou seus cuidadores e fazer as avaliações necessárias.

Justificativa
Para o controle efetivo do quadro álgico, implementação de medidas analgésicas e avaliação da eficácia terapêutica da dor faz-se essencial o uso correto da farmacoterapia. Muitos programas informatizados têm sido desenvolvidos e são apontados na literatura como uma importante ferramenta na revisão de prescrições médicas. Estes, quando utilizados em hospitais, têm demonstrado resultados satisfatórios, visto que se mostram capazes de reduzir as interações medicamentosas. Alguns autores relatam com vantagem agilidade na análise das prescrições, redução de erro de medicação, tempo de internação e gastos. A American Society of Health-Systems Pharmacists acredita que a Atenção Farmacêutica no controle da dor seja fundamental na proposta da profissão em auxiliar as pessoas a otimizarem o uso dos farmacoterápicos.

Beneficiário
Alunos selecionados do curso de Farmácia, assim como, pacientes da Clínica de Fisioterapia da UNIFAL-MG que apresentem condições dolorosas agudas e crônicas.