VIVER MAIS LEVE

Apresentação
É a renovação do projeto "Levemente". O título foi alterado por termos encontrado uma marca registrada com o mesmo nome. Este projeto visa auxiliar o desenvolvimento pessoal de universitários em vulnerabilidade mental e/ou emocional. A equipe de trabalho será formada por discentes da Odontologia, Enfermagem e Fisioterapia que serão capacitados por profissional habilitada em saúde mental. Serão realizadas Mentorias Online e Terapias em Grupo, bem como exercícios de relaxamento e desligamento do estresse diário, além de manter as redes sociais como um ambiente virtual de convivência com os colaboradores e os beneficiários durante toda a semana. Em casos mais graves de ansiedade e depressão, os pacientes serão encaminhados para a psicóloga da PRACE. Concomitantemente, está planejada a execução duas pesquisas: uma para mensurar ansiedade, depressão e qualidade de vida antes e depois das ações e outra para relacionar os níveis de ansiedade e depressão com disfunções temporomandibulares.

Objetivos
- Auxiliar o participante a desenvolver capacidade reflexiva sobre si e seu estado emocional; - Promover melhor qualidade de vida, trazendo melhores padrões de saúde mental àqueles que participarem das atividades promovidas pelo projeto; - Proporcionar atividades que colaborem para que o indivíduo planeje melhor seu tempo e distribua-o de forma racional em relação a todas as atividades rotineiras; - Incentivar os participantes a contribuírem com suas prioridades e metas, elucidando o planejamento de suas atividades a curto e longo prazo; - Estimular os participantes a desenvolverem pequenas atividades ao longo do dia para diminuição de sobrecarga emocional e dos níveis de estresse/ansiedade por meio de exercícios de respiração, de desligamento e relaxamento; - Mostrar aos participantes a pluralidade de sua existência, reforçando sempre que nada está restrito a pequenas opções e que busquem sempre compreender o momento pelo qual estão passando e busquem ajuda especializada sempre que necessário; - Possibilitar momentos de conversa, diálogo e aprendizado pertinentes à questão da saúde mental e geral; - Promover conhecimento acerca da saúde mental dentro do ambiente universitário/acadêmico, favorecendo discussões e estimulando o desenvolvimento de mais projetos na área; - Desenvolver no discente responsável pela execução do projeto capacidade de liderança, autoconfiança, altruísmo e garantir capacitação continuada frente ao tema; - Capacitar o discente responsável pela execução do projeto a lidar com plataformas digitais e online para realização da Mentoria juntamente com o ministrante de cada aula, bem como o espírito criativo e dinâmico durante execução das atividades presenciais por meio das dinâmicas; - Sensibilizar a comunidade acadêmica sobre o tema da saúde mental, como promovê-la e discutir métodos de favorecimento desta dentro do ambiente universitário; - Favorecer a construção de um saber multiprofissional e multidisciplinar através de relações acadêmicas entre discentes, docentes, comunidade e demais envolvidos em qualquer etapa de realização do projeto.

Justificativa
A transição entre a vida escolar para a universitária é, para a grande parte dos jovens, um momento de adaptação complexo. Trata-se de um período de conquistas e exigências em conflito, que, em meio à busca por sua independência, o indivíduo pode enfrentar evidenciação de problemas inerentes a esse processo, como problemas identitários, financeiros e acadêmicos, que geram uma elevação de níveis de estresse e ansiedade. Por mais que essa fase de adaptação apresente seu nível mais crítico no primeiro ano, a grande exigência acadêmica acaba por colocar o graduando em situações de constante desgaste, esgotamento emocional e altos índices de estresse ao longo de toda jornada acadêmica. Com isso, estabelece-se que o índice de depressão e ansiedade nos alunos universitários é maior que o encontrado na população em geral, trazendo o indício que o ambiente acadêmico é um forte fator de risco para o desenvolvimento da depressão (COSTA & MOREIRA, 2016). Durante o período acadêmico, essas dificuldades podem afetar o desempenho cognitivo do aluno e suas relações interpessoais, mas em um âmbito mais amplo, podem afetar o futuro de sua carreira profissional. A universidade deve repensar iniciativas de apoio emocional aos alunos como forma de amenizar estes problemas durante sua vida acadêmica. Como a alta carga horária de dedicação e a grande quantidade de tarefas a serem realizadas é uma das causas mais atribuídas à universidade representar esse grande fator de risco ao discente, parte-se do princípio que diferentes abordagens podem favorecer o processo de adesão a terapias alternativas. Como no caso do Projeto Viver mais leve, com abordagens online expositivas e encontros presenciais mensais, o acadêmico sente-se mais confortável frente a mais uma atividade a ser realizada. Torna-se então algo facilmente adaptável a sua rotina e acaba por ser agradável justamente por não ser algo convencional, porém com grande potencial de funcionalidade. De forma a abordar diferentes aspectos de rotina, metas, prioridades, gerenciamento de tempo, capacidade de enfrentamento, centramento, entre outros, esse projeto se mostra como uma grande ferramenta para o discente. Busca-se ao longo de toda execução que o participante possa partir do autoconhecimento para o planejamento eficiente de seu dia-a-dia, de sua vida e aprenda cada vez mais a valorizar e buscar o contato interpessoal, a compreensão intrapessoal, superar o processo de homesickness e garantir sua estadia no ensino superior até a conclusão, sem a aquisição de consequências patológicas e o acúmulo de desgastes emocionais/psíquicos constantes ao longo de toda graduação (THURBER et al, 2007). As instituições de ensino também devem ser responsáveis por informar e orientar os alunos quanto aos benefícios da ajuda psicológica profissional e criar um diálogo que possa fazer com que os alunos se abram mais ao tratamento de problemas emocionais, já que a informação é um fator chave na busca e sucesso do tratamento e na prevenção à evasão escolar (THOMAS et al., 2014). Ademais, é preciso inferir que o alto número de discentes necessitados por assistência terapêutica é incompatível com o número de profissionais atuantes na Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários, sendo de extrema importância uma extensão que atue para a melhoria da qualidade de vida de alunos e alivie a demanda de atendimentos da psicóloga da PRACE.

Beneficiário
Discentes de quaisquer cursos de graduação matriculados na Universidade Federal de Alfenas que apresentem alterações emocionais e mentais, como ansiedade, depressão, transtorno obsessivo compulsivo, diagnosticados ou não. O projeto contará com a participação de 50 beneficiários.