CONVERSAS MATEMÁTICAS

Apresentação
Este projeto é uma continuidade do que está sendo desenvolvido desde 2017 com os participantes do Programa UNATI-UNIFAL-MG. Nele, partimos da importância dos conhecimentos matemáticos para as tomadas de decisões diante de situações do dia a dia, para o estímulo do raciocínio e da memória e para a inclusão social. Nesta versão de projeto continuaremos com a proposta de oficinas para os participantes da UNATI-UNIFAL-MG envolvendo a matemática, só que no formato remoto, decido a Covid-19. A metodologia empregada nas oficinas será a proposição de diferentes tipos de atividades (jogos, materiais manipulativos, investigações matemáticas) e uma postura de interação e troca de experiências entre os participantes e extensionistas. Como resultado, espera-se que o projeto possa continuar favorecendo a troca de experiências entre os extensionistas e participantes, as discussões sobre matemática do ponto de vista da matemática e do cotidiano, o exercício da memória e do raciocínio e a diversão.

Objetivos
1. Promover atividades que envolvam pessoas idosas em situações que requeiram a tomada de decisão com base em análise matemática. 2. Promover atividades lúdicas envolvendo desafios matemáticos. 3. Promover atividades envolvendo o raciocínio matemático.

Justificativa
A inversão da estrutura etária da população brasileira tem chamado a atenção da sociedade e políticas públicas, por apresentar novas demandas. Uma delas está relacionada à Educação. Chegar a terceira idade pode significar uma abertura a diferentes experiências. O projeto “Conversas Matemáticas”, executado desde 2017 tem se apresentado como uma possibilidade de idosos viverem novas experiências. Iniciamos o projeto com uma participante e ao longo do tempo o número de participantes foi aumentando. Em 2019, por exemplo, passamos a ter 12 idosas e em 2020, mesmo com as atividades remotas, nosso grupo de WhatsApp teve a participação de 17 idosas. Isso significa que o projeto tem conquistado mais idosos e ganhado um certo reconhecimento. Mas, o que mais justifica a continuidade do projeto é o pedido das próprias idosas que se sentem pertencidas a um grupo, como é o caso do grupo do WhatsApp, na qual podem se expressar, e se sentem ativas, pelas atividades que desenvolvemos, seja pelo WhatsApp, seja por entregas em casa. Atividades essas que possibilitaram as idosas distrair, interagir com familiares e com outras pessoas, uma marca de nosso projeto no aspecto presencial como discutimos em Silva e Julio (2018), Silva, Silva e Julio (2019) e Julio e Silva (no prelo) e, agora, também, no aspecto remoto. O projeto tem contribuído, ainda, para as experiência de formação de professores. No aspecto da formação inicial, os extensionistas participantes tem experienciado vivências com um público diferente do que usualmente eles lidarão depois de formados, aprendido com o vasto conhecimento de mundo das idosas, preparado e se preparado para as atividades e exercitado a docência. Quanto aos orientadores, podemos dizer que estamos vivenciando uma reflexão contínua sobre a prática de docência e criatividade para sugerir atividades que atendam aos idosos de forma a levar em consideração seus desejos e necessidades. O projeto também tem se constituído como fonte de pesquisa, como é o caso da mestranda Nayara da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNIFAL-MG, que pesquisou a influência deste projeto de extensão na formação de professores. Além disso, ganhamos, o projeto ganhou o reconhecimento da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, por meio da Medalha Profa. Maria Laura Mouzinho Leite Lopes (https://www.sbemmatogrosso.com.br/xiiienem/medalha.php), concedida aos coordenadores no XIII Encontro Nacional de Educação Matemática, que ocorreu em julho de 2019 e menção honrosa no Simpósio Integrado da UNIFAL-MG, de 2020. Consideramos que a continuidade do projeto se justifica pelo o que ele tem possibilitado aos diferentes atores envolvidos nele.

Beneficiário
Pessoas idosas que fazem parte do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) da Universidade Federal de Alfenas.