VIVA BEM COM UMA ESTOMIA

Apresentação
A estomia intestinal ou urinária implica na mudança do trânsito normal da eliminação de urina ou de fezes, altera a imagem corporal e impõe o uso de equipamentos coletores. O cuidado à pessoa com ferida constitui um desafio a ser enfrentado na prática clínica do enfermeiro, pois a lesão afeta as várias dimensões do ser humano. Com este projeto espera-se: que a pessoa com estomia e/ou ferida desenvolva habilidades para o autocuidado e melhor qualidade de vida; potencializar a responsabilização do cuidador familiar; que o acadêmico de enfermagem adquira competências para realizar intervenções e educação em saúde à pessoa com estomia e/ou ferida; a articulação entre ensino, pesquisa e extensão e a formação do cidadão. Este projeto encontra-se alinhado à Agenda Nacional de Prioridades em Pesquisa e ao Objetivo 3 do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nacões Unidas (ONU) - Boa Saúde e Bem-estar, visto que as ações propostas buscam pelo bem estar de pessoas com estomia e/ou ferida

Objetivos
Desenvolver ações de extensão que proporcionem ao acadêmico de enfermagem uma experiência autêntica da prática profissional. Contribuir para a aquisição competências do acadêmico de enfermagem para o estabelecimento de intervenções e para a educação da pessoa com estomia e/ou ferida; Propiciar a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão; Contribuir para a formação cidadã dos acadêmicos; Contribuir para a educação e apoio aos familiares; Realizar intervenções e a educação da pessoa com estomia e/ou ferida com vistas ao autocuidado, reabilitação e qualidade de vida. Produzir conhecimento que tenha pertinência e relevância social, a partir da problematização de questões ligadas ao contexto da pessoa com estomia e/ou ferida que resulte em benefícios reais para a promoção do autocuidado, reabilitação e melhor qualidade de vida do cliente e o empoderamento do cuidador familiar; Produzir material educativo sobre a temática; Utilizar dos recursos do ambiente virtual para orientações e acompanhamento. Contribuir para a educação dos profissionais de saúde que lidam com a pessoa com ferida e/ou estomia e para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde.

Justificativa
Em estudos desenvolvidos pelos componentes deste projeto e pela nossa experiência enquanto docentes, atuando há mais de vinte anos neste projeto, junto à pessoa com estomia e/ou ferida detectamos lacunas entre a assistência prestada na atenção terciária e os cuidados no domicílio. Neste contexto, as ações deste projeto podem minimizar essas lacunas e contribuir para o autocuidado, reabilitação e melhor qualidade de vida dessas pessoas, uma vez que esta proposta visa implementar ações para o acompanhamento domiciliar e a potencialização para o autocuidado. Destaca-se ainda que durante o desenvolvimento das ações deste Projeto os acadêmicos têm a oportunidade de desenvolver competências para realizar intervenções e educação em saúde a essas pessoas. No Brasil o câncer é considerado um problema de saúde pública, sendo que o câncer do cólon e do reto é um dos mais incidentes, tanto em homens quanto em mulheres e o seu tratamento, em uma fase avançada, pode resultar na construção de uma estomia (INCA, 2019). As doenças inflamatórias intestinais, as perfurações por arma branca ou de fogo, os traumatismos contusos decorrentes de acidentes automobilísticos ou de violência interpessoal também podem ter como terapêutica a confecção de estomia (ROCHA, 2011). Concernentes às feridas em conformidade com o tempo de duração podem ser classificadas como, agudas e crônicas. Essas possuem o tempo de cicatrização maior que o esperado, como é o caso das lesões por pressão, úlceras vasculares e úlceras neuropáticas (NEVES, CUNHA, BENITO, 2021). Diante da realidade apresentada, a universidade deve exercer o seu papel social e desenvolver ações que contribuam para o enfrentamento da adversidade e para o desenvolvimento competências técnico-procedimentais, éticas e humanísticas no acadêmico de Enfermagem, bem como, produzir conhecimento.

Beneficiário
Pessoas com estomias, pessoas com feridas cadastradas no projeto, residentes nos bairros urbanos do município de Alfenas, familiares dessas pessoas, acadêmicos, profissionais de saúde e pesquisadores interessados nas temáticas.