VIVA BEM COM UMA OSTOMIA

Apresentação
A construção de um estoma no corpo de uma pessoa altera a sua imagem corporal, compromete as diversas dimensões da vida e pode inclusive levar ao isolamento psicológico e social (PAULA, 2012). O estoma pode ser construído na traqueia, no estômago, nas vias urinárias e no intestino. O estoma intestinal é o mais frequente para o tratamento de condições clínicas como o câncer, doenças inflamatórias, traumas, obstruções intestinais e doenças congênitas. Como ocorre o desvio do trânsito intestinal para o abdome, impõe à pessoa a necessidade de adaptação à mudança do local de eliminação das fezes (efluentes) e uso constante de equipamento coletor. O cuidado integral a pessoa, que na maioria das vezes tem o diagnóstico de câncer associado, deve ser desenvolvido pela equipe multiprofissional e estendido à sua família. Desse modo, o enfermeiro deve planejar a assistência desde o pré-operatório para o autocuidado, reabilitação e melhor qualidade de vida. Neste contexto, o acadêmico de Enfermagem

Objetivos
Desenvolver ações de extensão que proporcionem ao acadêmico de enfermagem uma experiência autêntica da prática profissional. Contribuir para a aquisição de habilidades e competências do acadêmico de enfermagem para o estabelecimento de intervenções e para a educação da pessoa com estoma e/ou ferida; Propiciar a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão; Contribuir para a formação cidadã dos acadêmicos; Contribuir para a educação e apoio aos familiares na situação de adversidade. Desenvolver a capacitação da equipe para o cuidado da pessoa com estoma. Realizar intervenções e a educação da pessoa com ferida com vistas ao autocuidado, reabilitação e qualidade de vida. Produzir conhecimento que tenha pertinência e relevância social, a partir da problematização de questões ligadas ao contexto da pessoa com estoma que resulte em benefícios reais para a promoção do autocuidado, reabilitação e melhor qualidade de vida do cliente e o empoderamento do cuidador familiar; Produção de material educativo sobre a temática; Contribuir para a educação dos profissionais de saúde que lidam com esta pessoa e para o desenvolvimento do SUS.

Justificativa
Em estudos desenvolvidos pelos componentes deste projeto e pela nossa experiência enquanto docentes, atuando há mais de dez anos neste projeto detectamos lacunas entre a assistência prestada na atenção terciária e os cuidados no domicílio. Neste contexto, as ações deste projeto podem minimizar estas lacunas e contribuir para o autocuidado, reabilitação e melhor qualidade de vida destes clientes, uma vez que esta proposta visa ações para o acompanhamento domiciliar e a potencialização da pessoa com estoma e/ou ferida para o autocuidado. Destaca-se ainda que durante o desenvolvimento das ações deste Projeto os acadêmicos têm a oportunidade de desenvolver habilidades e competências para realizar intervenções e educação em saúde à pessoa com estoma e à pessoa com ferida. Ressalta-se que para o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2014), no Brasil, o câncer é considerado um problema de saúde pública, sendo que o câncer do cólon e do reto é um dos mais incidentes, tanto em homens quanto em mulheres e o seu tratamento, em uma fase avançada, pode resultar na construção de um estoma. Diante da realidade apresentada, a universidade deve exercer o seu papel social e desenvolver ações que contribuam para o enfrentamento da adversidade e para o desenvolvimento de habilidades e competências técnico procedimentais, éticas e humanísticas no acadêmico de Enfermagem, bem como produzir conhecimento.

Beneficiário
O Projeto será desenvolvido para e com as pessoas com estoma e/ou ferida residentes nos bairros urbanos do município, mediante acompanhamento sistemático domiciliar, por uma equipe constituída por docentes, discentes da graduação e da Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas