LACEN LÚDICO

Apresentação
O projeto de extensão “Lacen Lúdico” visa a promoção de maior bem-estar aos usuários do Laboratório Central de Análises Clínicas (LACEN) da UNIFAL-MG, buscando manter os espaços do laboratório mais atraentes, acolhedores e com maior dialogicidade entre esses usuários e alunos, corpo técnico e gestores do laboratório, tendo como principal referência a Política Nacional de Humanização do SUS. A equipe do projeto contará com alunos dos cursos de Biomedicina e Farmácia e servidores docentes e Técnicos Administrativos em Educação lotados no LACEN, responsáveis pela execução das atividades do projeto que envolvem desde a reorganização espacial e decoração do ambiente de recepção e espaços de coleta de material biológico, até a realização de atividades educativas a serem desenvolvidas com os usuários enquanto aguardam o atendimento, com linguagem e tratamento sempre respeitando as faixas etárias (crianças, adolescentes, adultos e idosos) e necessidades desses.

Objetivos
O projeto tem como principal objetivo o aprimoramento da humanização nos serviços do LACEN, com foco na ambiência e no acolhimento durante o atendimento dos usuários do laboratório. Os objetivos específicos são: 1) Reorganização espacial e decoração dos ambientes frequentados pelos usuários do laboratório, utilizando cores, artefatos e recursos que ofereçam leveza, conforto e bem-estar para todas as faixas etárias desses usuários; 2) Realização de atividades educativas e de conscientização sobre: (A) qualidade de vida, (B) formas de prevenções de doenças, (C) colaboração do usuário com a fase pré-analítica dos exames laboratoriais, dentre outros assuntos; 3) Intensificação na dialogicidade entre os usuários do LACEN e alunos, docentes e TAEs da UNIFAL-MG envolvidos no projeto, com atenção para as necessidades e singularidades de cada indivíduo; 4) formação de profissionais de saúde comprometidos com a gestão e atenção à saúde humanizada.

Justificativa
Em 2003 foi instituída a Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS que busca modificar o modelo de gestão e de atenção à saúde. Dentre as diretrizes da PNH destacam-se a ambiência e o acolhimento como pontos fundamentais para a humanização do atendimento nos serviços de saúde (BRASIL, 2009b). A ambiência consiste na criação de espaços acolhedores, bem estruturados e confortáveis. Segundo a Cartilha de Ambiência, é importante considerar que o espaço visa à confortabilidade, enaltecendo elementos do ambiente que interagem com as pessoas e garantindo conforto aos usuários, favorecendo o aperfeiçoamento de recursos para que aconteça um atendimento humanizado e acolhedor (BRASIL, 2009a). Sendo assim, a modificação dos serviços de saúde, através da reorganização espacial, de alterações nos ambientes utilizando cores e artefatos que busquem uma descontração, possibilita melhorias significativas dos serviços de saúde e aumentam a eficiência funcional (LUISA; BESTETTI, 2014). O acolhimento se dá a partir de uma escuta ativa das necessidades legítimas e singulares de cada usuário pelos profissionais de saúde. O ato de acolher permite que se estabeleça uma relação de confiança e compromisso entre os usuários e as equipes de saúde (BRASIL, 2009b). Nesse sentido, além de rigor técnico e científico, é imprescindível que a formação de profissionais de saúde esteja também voltada para a adoção de uma postura ética e empática de exercer uma escuta ativa dos usuários dos serviços de saúde, respeitando as necessidades e singularidades de cada indivíduo (BARBOSA et al., 2013). Para isso, a capacitação de acadêmicos dos cursos da área de saúde deve seguir uma estratégia pedagógica em que professores e alunos participem amplamente da prática diária dos serviços de saúde, principalmente aqueles integrados às políticas públicas como a PNH (VASCONCELOS et al., 2016). Produzir ambientes humanizados e agradáveis não diz respeito somente a organização do espaço físico, mas também da postura que os profissionais assumem e demonstram por meio do seu comportamento (SATO; AYRES, 2015). Espaços de saúde mais atraentes e acolhedores promovem o bem-estar de todos, aumentando a eficiência, a produtividade e melhorando a relação entre os protagonistas que participam desse processo: usuários, profissionais de saúde e gestores (BENDER; PETRY, 2019; VILLELA; ELY, 2022). Portanto, a implementação de ambiência e acolhimento nos serviços de saúde deve promover a inclusão dos usuários e, ao mesmo tempo, capacitar acadêmicos e profissionais de saúde na construção de espaços humanizados trazendo mudanças profundas no modelo assistencial de saúde (BENDER; PETRY, 2019; VASCONCELOS et al., 2016).

Beneficiário
Usuários do LACEN.