AMHOR - ACERVO DE MEMÓRIA E HISTÓRIA DO ORGULHO LGBTQIA+ NO SUL DE MINAS

Apresentação
O projeto AMHOR trata da criação de um acervo digital de histórias orais, organizado pelo Núcleo de Atenção à Mulher e o Diverges, ligados à PRACE, juntamente com membros dos movimentos e coletivos LGBTQIA+ no sul de Minas Gerais e com docentes e discentes de escolas públicas. Ele existe desde 2023, e além do acervo de histórias orais, também estão sendo levantadas e preservadas fontes como fotografias, jornais, cartas e demais documentos que as comunidades envolvidas selecionaram e selecionarão como resultado de debates públicos pelo direito à memória, à dignidade e à identidade. O projeto pretende dar continuidade, também, à elaboração de propostas de aulas com a temática de gênero e sexualidade LGBTQIA+, elaboradas a partir de debates com a população LGBTQIA+ dentro e fora da UNIFAL, e com docentes e discentes da Educação Básica. Desde 2023 o grupo vem desenvolvendo cursos de formação docente, exposições e participado de eventos, além de escrever um livro e elaborar um vídeo.

Objetivos
- realizar entrevistas com sujeito/as LGBTQIA+ no sul-mineiro; - fazer debates com a comunidade LGBTQIA+ da UNIFAL e das diversas comunidades dentro e fora da Universidade sobre suas demandas; - levar o debate sobre direitos LGBTQIA+ nas escolas da região, ouvindo docentes e discentes do ensino básico - elaborar coletivamente a produção do acervo e de atividades pedagógicas que comporão o site virtual, voltado à comunidade sul-mineira; - promover debates sobre a memória e a história LGBTQIA+, a partir das vozes de sujeito/as individuais e coletivo/as, discutindo direitos humanos e suas violações; - construir acervo virtual com histórias orais e documentos levantados junto à comunidade, com a finalidade de se produzir uma história pública sobre as existências e direitos LGBTQIA+; - organizar exposições públicas e um museu virtual; produzir um livro e um documentário.

Justificativa
A história e a memória LGBTQIA+ foi, durante muito tempo, ignorada e desrespeitada por registros históricos padronizados pelas existências brancas e cisheteronormativas. Diante de um cenário de recorrentes violações à população LGBTQIA+ e, ao mesmo tempo, de organização de diferentes segmentos sociais para reivindicar seus direitos à existência digna, torna-se fundamental a construção de um acervo a partir das histórias e vozes dos próprios sujeitos e sujeitas que reivindicam o direito à sua memória, orientação sexual e identidades de gênero, sempre em movimento e enfrentamento. Além disso, é fundamental que educadores e estudantes se envolvam, pensando a transformação dos currículos e das práticas pedagógicas, de forma que essas histórias e memórias sejam reconhecidas e valorizadas.

Beneficiário
discentes e docentes da educação básica, docentes e discentes do ensino superior, coletivo/as LGBTQIA+