ATENÇÃO ITEGRAL AO ALEITAMENTO MATERNO

Apresentação
A amamentação é uma questão de saúde pública e é responsabilidade da sociedade a garantia do direito fundamental à saúde e à alimentação adequada. A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e a manutenção da amamentação até o segundo ano de vida ou mais. O Brasil ainda está distante do cumprimento das metas propostas. Nesse contexto, a presente proposta tem como objetivo capacitar estudantes e profissionais da saúde para a atenção integral ao aleitamento materno.

Objetivos
Capacitar estudantes e profissionais da saúde para a promoção e a atenção integral ao aleitamento materno. Capacitar estudantes e profissionais da saúde sobre aleitamento materno, com abordagens sobre o cuidado com a mama, técnica de amamentação, intercorrências e apoio ao retorno ao trabalho, além de capacitação sobre puericultura e avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor das crianças.

Justificativa
Os benefícios do aleitamento materno, um direito humano fundamental, são amplamente conhecidos pelos profissionais da saúde e pela população em geral. Para a saúde da mulher, o aleitamento materno contribui para diminuição do risco de câncer de mama, endométrio e ovário, além de diminuir o risco de diabetes tipo 2. O leite materno é rico em anticorpos, especialmente IgA, além de oligossacarídeos e outras substâncias que colaboram com o desenvolvimento infantil. O aleitamento materno está associado à maior proteção contra alergias e infecções, diminuindo a frequência e gravidade de doenças respiratórias e gastrointestinais. A amamentação também favorece o desenvolvimento dos ossos e o fortalecimento dos músculos da face, facilitando a fala e a respiração, além de evitar problemas na dentição. Sabe-se que os bebês que recebem leite materno adoecem menos, precisam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos e seus pais faltam menos ao trabalho. Assim, o aleitamento materno beneficia as crianças, suas famílias e toda sociedade. Apesar de tantos benefícios, segundo estudo recente, a prevalência da AME no Brasil foi de 45,8% em crianças menores de 6 meses, enquanto a prevalência do aleitamento materno foi de 43,6% entre crianças de 12 a 23 meses. A duração observada do AME foi de três meses e a do aleitamento materno foi de 15,9 meses (ENANI - UFRJ, 2021). Esses resultados sugerem uma melhora nos indicadores em relação à pesquisa realizada em 2009, que mostrou que a duração do AME foi de 1,8 meses e do aleitamento materno, de 11,2 meses (Brasil, Ministério da Saúde, 2009. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal). No entanto, tais resultados também indicam que o Brasil está distante do cumprimento das metas propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, indicando a necessidade de políticas públicas com foco na promoção do aleitamento materno. Para que a amamentação seja bem-sucedida é fundamental que a mulher e sua família tenham informações de qualidade desde o pré-natal, além de acompanhamento nos primeiros dias de vida do bebê e durante todo o período de aleitamento. A mulher precisa ser amparada para amamentar e os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na assistência à mulher. Pretende-se oferecer capacitação para que estudantes e profissionais da saúde possam cumprir esse importante papel por meio da aquisição de conhecimentos e do desenvolvimento de habilidades e atitudes para o manejo adequado da amamentação.

Beneficiário
Estudantes e profissionais da saúde interessados pelo tema.