PIC PET: PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COM O PETENFERMAGEM

Apresentação
A integralidade da assistência é um dos pressupostos do Sistema Único de Saúde (SUS) na atenção à saúde da população. Quando se pensa na prevenção de agravos, na promoção, na manutenção e na recuperação da saúde baseada em modelo de atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, têm-se, entre outras, a instituição da Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) (BRASIL, 2018). Considerando o indivíduo na sua dimensão global, sem desconsiderar sua singularidade ao se explicar seus processos de saúde e de adoecimento, a PNPIC confirma a integralidade da atenção à saúde, princípio este que requer além de um olhar mais abrangente, também a integração com outras ações e serviços de assistência à saúde (BRASIL, 2018). Atualmente, o Ministério da Saúde (MS) do Brasil disponibiliza na rede de atenção à saúde 29 Práticas Integrativas e Complementares (PICs), dentre elas, os recursos terapêuticos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) (BRASIL, 2018). Entre estes pode-se destacar, a acupuntura, em suas diversas modalidades, como, por exemplo, a estimulação dos acupontos com agulhas específicas; laser; moxa; magneto; correntes elétrica e eletromagnética; a ventosaterapia e da acupuntura auricular/auriculoterapia. A acupuntura, tanto na modalidade auricular, como a ventosaterapia, têm se mostrado eficazes no controle e no tratamento de muitas enfermidades, inclusive emocionais, além de proporcionar melhoria na qualidade de vida dos indivíduos, sendo uma ferramenta de intervenção reconhecida pela Organização Mundial da Saúde há vários anos (WHO, 2002). Considera-se haver relação entre o arcabouço teórico-filosófico das PICs e os metaparadigmas dos cuidados de saúde; tais terapias surgem para proporcionar alívio a problemas ansiedade, estresse e dor. O relatório de saúde mental, publicado pela organização mundial de saúde, em 2022 (OMS,2022) aponta a ansiedade como um “grande problema de saúde global”. Em especial, após o advento da Pandemia de COVID 19, a incidência de ansiedade na população adulta aumentou significativamente. Por sua vez, à medida que seus comportamentos ansiosos aumentam, o mesmo acontece com o estresse e os efeitos do corpo, inclusive com os músculos severamente tensos e rígidos nas costas, que causam dor crônica na coluna. Neste sentido, a presente proposta, visa oferecer práticas de Auriculoterapia e Ventosaterapia para as condições de “dor crônica” e “ansiedade”.

Objetivos
Desenvolver ações de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde à pessoas com condições de ansiedade de dor crônica decorrente da tensão muscular. Difundir conhecimentos básicos da medicina tradicional chinesa propiciando um ambiente acadêmico favorável ao desenvolvimento de práticas integrativas em saúde, a partir de uma linha de cuidado não medicamentosa, promovendo melhor qualidade de vida à população da cidade como também uma abertura acadêmica aos saberes e práticas tradicionais.

Justificativa
As ameaças globais à saúde mental estão sempre presentes na sociedade e representam uma preocupação global. O relatório de saúde mental, publicado pela organização mundial de saúde, em 2022 (OMS,2022) aponta que esta condição continua a cobrar um preço pesado na vida das pessoas, enquanto os sistemas e serviços de saúde permanecem mal equipados para atender às necessidades das pessoas. Antes da pandemia da COVID 19, cerca de 970 milhões de pessoas no mundo foram diagnosticados com algum transtorno mental, após a pandemia houve um aumento de 25% na prevalência, uma vez que houve exacerbação dos fatores de risco. O Transtorno de depressão e ansiedade são os mais prevalentes, sendo o último diagnosticado em idades precoces e continuam a se tornar mais comuns na vida adulta. Em 2019, 301 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com transtornos de ansiedade; em 2020, esses números aumentaram significativamente como resultado da pandemia de COVID-19, gerando uma preocupação primordial de serviços de saúde mental em todos os países. Por conseguintes alterações da saúde mental afetam a saúde física, social e cognitiva, especificamente a atenção e a memória, o que torna relevante o investimento em terapias que possam colaborar com a melhor qualidade de vida dessa população. As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) têm se mostrado eficazes no controle e no tratamento de muitas enfermidades, inclusive emocionais, além de proporcionar melhoria na qualidade de vida dos indivíduos, sendo uma ferramenta de intervenção reconhecida pela Organização Mundial da Saúde há vários anos (WHO, 2002). Considera-se haver relação entre o arcabouço teórico-filosófico das PICs e os metaparadigmas dos cuidados de saúde; tais terapias surgem para proporcionar alívio a problemas ansiedade, estresse e dor. No contexto clínico, dentre as intervenções efetivas para a resolução ou redução dos acometimentos psicoemocionais, pode-se citar as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) (BUCHANAN et al., 2018; CORRÊA et al., 2021). Essas práticas integrativas favorecem a integralidade dos cuidados à saúde e compreendam intervenções de prevenção de agravos e promoção em saúde, com intuito de melhoria na qualidade de vida (AZEVEDO, 2019). Atualmente, o Ministério da Saúde (MS) do Brasil disponibiliza na rede de atenção à saúde 29 Práticas Integrativas e Complementares (PICs), dentre elas àquelas que utilizam os recursos terapêuticos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) (BRASIL, 2018), dentre estes, pode-se destacar, a acupuntura, em suas diversas modalidades, como, por exemplo, a estimulação dos acupontos com agulhas específicas; laser; moxa; magneto; correntes elétrica e eletromagnética; dentro outros; além da fitoterapia, da ventosaterapia e da acupuntura auricular/auriculoterapia. A eficácia da acupuntura está sendo demonstrada desde a década de 1970. No início de 2003, a OMS publicou sua posição oficial sobre a efetividade da acupuntura no documento Evidence based acupuncture – WHO official position, um texto extenso e interativo sobre as indicações, pesquisas e resultados de tratamentos à base de acupuntura (e técnicas de moxabustão, ventosa, sangria, eletro-acupuntura, laser-acupuntura, massagem shiatsu, tuina e acupressura) com resultados positivos em comparação às formas alopáticas de tratamento em 147 doenças, sintomas e condições (cf. WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003). Considera-se haver relação entre o arcabouço teórico-filosófico das PICs e os metaparadigmas dos cuidados de saúde; tais terapias surgem para proporcionar alívio a problemas como dor, ansiedade e estresse. Neste sentido, a presente proposta, visa oferecer práticas de Auriculoterapia e Ventosaterapia para as condições de “dor crônica” e “ansiedade” Este projeto foi elaborado em consonância com a necessidade de difundir os saberes da acupuntura e da Medicina Tradicional no âmbito acadêmico, ressignificando as práticas corporais e o cuidado com a saúde de pessoas que sofrem com a ansiedade. Diante do exposto, justifica-se a realização deste projeto, uma vez que as PICs têm grandes potencialidades, que são inclusive reconhecidas pela OMS. O baixo custo, os efeitos colaterais e os riscos mínimos, além da melhora da qualidade de vida reforçam a necessidade da ampliação da sua abrangência. Além disso, a implementação desses recursos terapêuticos pode reduzir os gastos com recursos médicos, que muito oneram o sistema de saúde do país. Considerando, então, o quantitativo dos enfermeiros nos serviços de saúde e a relevância desses profissionais para a prevenção de agravos e para a promoção e recuperação da saúde, a incorporação das PICs na assistência de enfermagem, desde a graduação, é fundamental para despertar o interesse pela área. Além disso, o desenvolvimento do conhecimento sustentado em pesquisas clínicas na área da enfermagem pode contribuir para demonstrar a eficácia das PICs no cuidado.

Beneficiário
Comunidade universitária da UNIFAL (alunos de graduação e pós-graduação, servidores públicos e funcionários terceirizados) e comunidade exterior (pessoas interessadas)