ORQUESTRA POPULAR DA UNIFAL-MG

Apresentação
O projeto de extensão Orquestra Popular da UNIFAL-MG insere-se na área de Cultura, dedicando-se ao campo da Música. A proposta visa trabalhar, mais especificamente, com a chamada música popular. A Orquestra Popular é um grupo musical que vem atuando com esta denominação desde 2016. Anteriormente, o projeto era conhecido como “Orquestra de Violões”. Ao longo dos anos, o grupo inicial de participantes aumentou consideravelmente. Ao mesmo tempo, os novos integrantes trouxeram experiências musicais diversas e novos instrumentos foram agregados ao projeto. Atualmente, a Orquestra Popular conta com instrumentistas de diferentes formações (tanto profissionais quanto amadores), que se dedicam ao estudo e prática de violões, violas caipiras, guitarra elétrica, bandolim, flauta, teclados, contrabaixo, percussão, além das vozes. Os objetivos do projeto são: o estudo e a prática musical de repertório popular.

Objetivos
Estudar e praticar música em conjunto; Propiciar um espaço de lazer, amizade e trocas de experiências musicais e culturais; Contribuir para a melhora da saúde (em todos os seus aspectos) dos/as integrantes e do público em geral por meio da Música. Contribuir para a ampliação e consolidação das ações de cultura na UNIFAL-MG.

Justificativa
Existe uma forte tradição musical em Minas Gerais, cujos vestígios mais remotos encontram-se na música feita para os ofícios religiosos, assim como, nas expressões de caráter popular desde a ocupação da região entre os séculos XVII e XVIII (CASTAGNA, 2010, p.60-1). Desde a música formada exclusivamente por vozes até as expressões acompanhadas por instrumentos musicais diversos, elevaram Minas Gerais em um perfeito celeiro de talentos ao longo da história. Mais recentemente, recorde-se o surgimento de trabalhos como os do Clube da Esquina, reconhecidos por sua produção musical refinada. Por sua vez, a forte tradição artística presente no sul de Minas Gerais, em especial no tocante à música tem merecido atenção da UNIFAL-MG, pois cada vez mais, os projetos de extensão dedicados a esta arte ganham destaque dentro e fora da universidade, mostrando um considerável aumento da demanda por participação de estudantes, técnicos, docentes e da comunidade externa nas atividades culturais desenvolvidas no espaço universitário ou fora dele. Cumpre lembrar que a UNIFAL-MG ainda não possui cursos de graduação em Artes, fato este que contribui para ampliar ainda mais a demanda por ações nesse campo de atuação. Considerando-se que há uma vasta produção musical sendo realizada em Alfenas, o projeto Orquestra Popular da UNIFAL-MG busca se constituir em um dos espaços possíveis de atuação para músicos profissionais e amadores da cidade e seus entornos. O projeto Orquestra Popular tem desenvolvido, com bastante êxito, atividades que congregam a comunidade acadêmica e externa, por meio da troca de aprendizados e de experiências que não se limitam apenas à prática musical, mas acabam por contribuir, também, para a melhora da qualidade de vida das pessoas envolvidas e do público, impactando nas questões de saúde do corpo e da mente. Pesquisas realizadas a respeito dos benefícios terapêuticos da música, demonstram as potencialidades das experiências musicais aplicadas a tratamento de problemas diversos, como saúde mental, uso de drogas lícitas ou ilícitas, transtornos de ansiedade e depressão, por exemplo. Batista e Ribeiro, apontam que ao vivenciar a música, se estabelece uma relação com a rede de significados construídos no mundo social, a atividade musical enquanto integrante de uma cultura é vivida na dimensão coletiva, que pode receber significações que são compartilhadas socialmente (BATISTA E RIBEIRO, 2016, p.340). Especificamente a respeito da atuação do projeto Orquestra Popular da UNIFAL-MG, pesquisa feita em 2018 aponta os efeitos positivos da experiência dos participantes do grupo enquanto músicos e também destaca os resultados na melhora da sociabilidade, prática de atividade de lazer e aprendizado diversos por meio de instrumentos e canto. Tendo em mente a narrativa presente na música sertaneja, percebemos uma transposição das categorias experimentadas pelas vivências do sertanejo – sujeito – para o contexto universitário. As categorias “familiar” e “estranho”, a saudade, o êxodo, passam a ocupar outros espaços, agora na vivência dos participantes do Projeto – principalmente nos membros da comunidade acadêmica. Professores e estudantes, frequentemente, têm de deixar sua cidade de origem, sua família – logo, a esfera familiar/conhecida – para adentrar em um novo contexto, outra cidade, desconhecida – estranha – durante o processo de busca por qualificação ou atuação profissional (ERBISTE, 2018, p.35). Não obstante o impacto positivo que os/as integrantes da comunidade acadêmica da UNIFAL-MG vêm experimentando ao participarem da Orquestra Popular, é notável também que os/as participantes da comunidade externa se identificam com a proposta. Integrantes da comunidade externa que não tinham nenhuma familiaridade com instrumentos desenvolveram conhecimentos técnico-musicais surpreendentes, inclusive, em alguns casos, se profissionalizando na área. Neste sentido, é que estudos em diferentes áreas do conhecimento vem destacando o papel da música e da musicoterapia como elementos importantes no tratamento de doenças e inclusive, como componente na profilaxia contra suicídios, por exemplo. Na UNIFAL-MG, diversas ações tem contribuído para a melhora da saúde mental dos estudantes e servidores, sendo que as atividades de música, dança, teatro, pintura, poesia estão sempre presentes em campanhas que abordam transtornos de ansiedade, depressão e prevenção ao suicídio. Conforme destacaram Batista e Ribeiro, “a música é um recurso de desenvolvimento pessoal, equilíbrio, estímulo e integração do indivíduo ao meio em que vive, capaz de favorecer o desenvolvimento de potencialidades além de associar e integrar experiências” (BATISTA e RIBEIRO, 2019, p.339).

Beneficiário
Estudantes e servidores da UNIFAL-MG. Comunidade externa.