ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE: INTERAÇÕES, SOCIABILIDADE E FORMAÇÃO DE VÍNCULOS

Apresentação
O evento será desenvolvido visando a sociabilidade e formação de vínculos no cenário escolar, tendo como público alvo adolescentes, familiares e educadores que vivenciam vulnerabilidades que repercutem em grande sofrimento psíquico. O objetivo é desenvolver uma roda de conversa, de forma presencial, sobre vulnerabilidades e estratégias de enfrentamento, por meio da formação de vínculos no território escolar com os adolescentes, familiares e educadores, para contribuir no desenvolvimento de habilidades psicossociais. Utilizará os referenciais das relações interpessoais para discutir temáticas relacionadas ao sofrimento vivenciados por eles, além da utilização de Práticas Integrativas Complementares.

Objetivos
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Justificativa
Evidencia-se que o apoio dos pais e de amigos contribui positivamente para o desenvolvimento da identidade e do empoderamento dos adolescentes, com vista a aumentar a esperança, as habilidades de enfrentamento e a regulação emocional (Taliaferro et al., 2020). Neste sentido, faz se necessário implementar estratégias solidárias e efetivas com os pais, com o objetivo de se fazerem presentes na vida dos jovens com história de autolesão de modo a reduzir esse comportamento e o risco de suicídio (Curtis et al., 2018). O que não difere em relação ao cenário educacional que necessita de conscientizar os profissionais sobre as alterações na saúde mental (Kravetz et al., 2021) e melhorar a qualidade das relações interpessoais entre todos os atores sociais e implementar atividades extracurriculares contribuindo para construção de rede sociais efetivas para minimizar as vulnerabilidades que geram o sofrimento (Felipe et al, 2020). Neste sentido, esse evento tem o papel de contribuir para a discussão da importância dessas relações interpessoais e o fortalecimento das habilidades pessoais, da autoestima e do processo de empoderamento das emoções (BRAGA et al., 2015), além do desenvolvimento de competências cognitivas, afetivas e sociais que auxiliam os adolescentes (REIS et al., 2013). Portanto, o enfermeiro é um dos protagonistas ativos no cenário escolar, uma vez que assume a linha de frente das atividades desenvolvidas neste território (SILVA et al., 2017). Braga et al. (2015) ainda complementam que as estratégias de intervenção do enfermeiro no espaço micropolítico escolar contribui para fortalecer a Política Nacional de Saúde Mental Infanto-Juvenil, a qual determina que não existe produção de saúde sem a produção de saúde mental. Destaca-se, neste âmbito a importância de desenvolver ações com o propósito de acolher, escutar, cuidar e promover ambientes saudáveis que visam melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento psicoemocional e que leve em conta as singularidades de cada um (BRASIL, 2014). Strelhow et al (2010) e Benincasa et al (2015) sugerem o desenvolvimento de novos estudos com base na percepção dos próprios adolescentes, contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas. A relevância social e cientifica está em oferecer subsídios para a ampliar a assistência ao adolescente, familiares e educadores para as questões que transcendem o modelo biomédico, e assim articular a interdisciplinaridade na proposição de estratégias de práticas emancipatórias na promoção à saúde do adolescente, familiar e do educador.

Beneficiário
Adolescentes, familiares e educadores de escola pública de Alfenas.