Apresentação
O eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta de grande auxílio na prática clínica cardiológica, além de ser um meio prático, é uma técnica acessível, de baixo custo operacional e reprodutível (WELLWNS; GORGELS, 1994; FELDMAN; GOLDWASSER, 2004). Desde a introdução da monitorização do ECG no ambiente hospitalar, os seus objetivos têm sido ampliados do simples controle da frequência cardíaca ao diagnóstico de arritmias complexas e da isquemia miocárdica. Todavia, a despeito dos avanços tecnológicos, o componente humano na interpretação do ECG continua imprescindível (DREW, 2004). Entendemos que o ECG, assim como os demais métodos diagnósticos empregados no contexto da assistência à saúde (LASELVA, 2007) pode oferecer dados objetivos capazes de complementar as informações derivadas da anamnese e do exame físico e contribuir para o tratamento de diversas condições clínicas, o que denota a necessidade de contínuo aprimoramento para adequado uso desse recurso no ambiente assistencial.
Objetivos
Instrumentar o enfermeiro para reconhecimento das principais alterações eletrocardiográficas com ênfase para as arritmias cardíacas e síndromes coronarianas.
Justificativa
No contexto da enfermagem, o ECG pode contribuir para a formulação de diagnósticos clínicos, estabelecimento de metas, planejamento do cuidado e avaliação dos resultados do cliente (LEVINE; MOTZER, 2005). Ao enfermeiro compete, privativamente, entre outras funções, a assistência aos clientes em estado grave que demande cuidados de maior complexidade (BRASIL, 1986). Para tanto, o profissional deve buscar continuamente o desenvolvimento de habilidades e competências imprescindíveis ao adequado exercício da profissão, minimizando os riscos ao cliente. Nos diversos âmbitos de atuação profissional, que abarcam desde a esfera de promoção da saúde, nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) até os ambientes de nível terciário como os Pronto-Socorros (PS) referenciados e as Unidades de Terapia Intensiva, o enfermeiro pode se deparar com a necessidade de avaliar o ECG, em conjunto com a equipe multiprofissional, para embasar as intervenções de enfermagem e a tomada de decisão. Assim, dada a complexidade da assistência à pessoa com problemas cardiovasculares, que requer do enfermeiro a capacidade de articular conhecimentos relativos às principais condições fisiopatológicas e aos recursos diagnósticos, como o ECG, para desenvolvimento do julgamento clínico e intervenções apropriadas, aliado ao tempo limitado de teoria na dinâmica curricular passível de ser dedicado a esse tópico e às poucas oportunidades oferecidas pelos campos de ensino clínico, propõem-se o presente curso de extensão com vistas a contribuir para a formação continuada dos enfermeiros no desenvolvimento de competências relativas à interpretação do ECG na assistência a pessoa com problemas cardiovasculares, com ênfase para as arritmias e a Síndrome Coronariana Aguda (SCA).
Beneficiário
O curso destina-se aos enfermeiros da instituição parceria e aos alunos da Liga Interprofissional de Urgência e Emergência da Unifal.