PIC PET: PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COM O PET- ENFERMAGEM

Apresentação
A incorporação das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) no Sistema Único de Saúde (SUS) reflete uma evolução no modelo de atenção à saúde no Brasil, com foco na integralidade e humanização do cuidado. O reconhecimento dessas práticas impulsiona o movimentos em prol de abordagens terapêuticas mais holísticas e acessíveis. Em 2006, o Ministério da Saúde oficializou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), consolidada pela Portaria nº 849, de 27 de março de 2017 (BRASIL, 2017), ampliando a oferta de terapias complementares na rede pública. A presente proposta incorpora abordagens terapêuticas baseadas em conhecimentos tradicionais e científicos, visando à promoção, prevenção e recuperação da saúde. Dentre essas práticas, destacam-se a Auriculoterapia e a Ventosaterapia, métodos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e a meditação com música que vêm sendo amplamente utilizados para o tratamento de desordens emocionais.

Objetivos
Geral: Promover o bem-estar físico e mental da comunidade por meio de abordagens terapêuticas complementares, como auriculoterapia, ventosaterapia e musicoterapia, proporcionando alívio de dores, redução do estresse e melhora da qualidade de vida. Específicos: Oferecer atendimentos terapêuticos: Realizar sessões de auriculoterapia para o alívio de dores, controle de ansiedade, melhora do sono e outros desequilíbrios. Aplicar a técnica de ventosaterapia para aliviar dores musculares, melhorar a circulação sanguínea e reduzir processos inflamatórios. Conduzir sessões de musicoterapia individual e/ou em grupo para promover o relaxamento, reduzir o estresse, estimular a expressão emocional e melhorar a qualidade de vida. Disseminar o conhecimento sobre as terapias: Demonstrar a possibilidade de utilização integrada da auriculoterapia, ventosaterapia e musicoterapia para potencializar os resultados terapêuticos. Desenvolver protocolos de atendimento que considerem a combinação das diferentes abordagens. Oferecer oportunidades de aprendizado prático para estudantes de diversas áreas da saúde interessados nas terapias complementares. Promover a troca de conhecimentos e experiências entre os participantes do projeto e profissionais da área. Contribuir para a pesquisa e produção de conhecimento Estimular a produção de trabalhos científicos e relatos de experiência sobre a utilização da auriculoterapia, ventosaterapia e musicoterapia.

Justificativa
O projeto de extensão Práticas Integrativas Complementares surge da necessidade de ampliar o acesso da comunidade a abordagens terapêuticas que promovam o bem-estar físico e mental, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS. Métodos como auriculoterapia, ventosaterapia e musicoterapia vêm sendo cada vez mais reconhecidos por seu potencial no alívio de dores crônicas, redução do estresse, melhora da qualidade do sono e equilíbrio emocional. A Medicina Tradicional Chinesa (MTC), base teórica de diversas PICs, compreende que a saúde depende do equilíbrio da energia vital, conhecida como Qi, que circula pelos meridianos do corpo (MACIOCIA, 2015). A Auriculoterapia e a Ventosaterapia são abordagens fundamentadas nesse modelo, demonstrando eficácia na regulação do sistema nervoso, na redução da dor e na promoção do bem-estar emocional (CHENG, 2014). As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são ferramentas terapêuticas reconhecidas mundialmente, utilizadas para prevenção, promoção e recuperação da saúde. No Brasil, a ampliação do acesso a essas práticas pelo SUS reflete sua eficácia e demanda crescente na população. Estudos demonstram que o uso dessas técnicas está associado à redução do consumo de analgésicos e ansiolíticos, diminuindo os efeitos colaterais e a dependência medicamentosa (CRAMER et al., 2018). A meditação com música somada a oração e leitura de texto Bíblico promovem conforto espiritual aos pacientes em condições de saúde agravadas e oferece a eles, da forma que é possível, uma melhora na qualidade de vida. Além disso, essas práticas reforçam a relação entre profissional e paciente, promovendo um cuidado mais humanizado e centrado no indivíduo. O projeto PIC PET 2025 justifica-se pelo seu caráter inovador e interdisciplinar, proporcionando uma formação acadêmica diferenciada para os alunos da enfermagem e contribuindo para a construção de um modelo de atenção à saúde mais inclusivo e acessível. Além de beneficiar a comunidade, o projeto fortalece a formação acadêmica ao proporcionar experiências práticas para estudantes da área da saúde, permitindo a integração entre ensino, pesquisa e extensão. Dessa forma, os participantes desenvolvem habilidades técnicas e um olhar ampliado sobre o cuidado ao paciente, agregando conhecimento interdisciplinar e contribuindo para a valorização das terapias complementares na assistência à saúde. Por fim, a implementação desse projeto contribui para a disseminação do conhecimento sobre as práticas integrativas, incentivando o autocuidado e a adoção de hábitos mais saudáveis. Ao integrar universidade e comunidade, reafirma-se o compromisso da instituição com a promoção da saúde, o desenvolvimento social e a oferta de alternativas terapêuticas seguras e eficazes.

Beneficiário
Comunidade universitária da UNIFAL (alunos de graduação e pós-graduação, servidores públicos e funcionários terceirizados) e comunidade exterior (pessoas interessadas), pessoas portadoras em câncer em cuidados paliativos