Apresentação
A fim de dialogar sobre a questão do suicídio na atualidade, propomos o presente grupo de estudo “Suicídios: prevenções e questões”, a ser desenvolvido em 2018/1, toda quinta-feira, das 14h às 16h, na sala N511. O plural no nome do grupo evidencia a complexidade do tema e o foco que o grupo terá: debater as questões que envolvem o comportamento suicida e discutir caminhos preventivos, uma vez que a efetivação de uma morte por suicídio significa uma tragédia pessoal, familiar e social.
Objetivos
1. Refletir sobre as relações entre sociedade e suicídio; 2. Analisar as especificidades do luto por suicídio e o conceito de suicida sobrevivente; 3. Pensar sobre formas de prevenção ao suicídio.
Justificativa
Na nossa sociedade atual, o suicídio ainda é visto como um tabu. Muitas pessoas ainda acreditam que falar do assunto ou perguntar a alguma pessoa se ela está pensando em se matar seja um estímulo para o autoextermínio. No entanto, a prática clínica e as pesquisas mostram que trata-se do oposto (BOTEGA, 2015). Quando um profissional de saúde ou uma pessoa próxima nota o desespero de alguém a ponto de escolher a morte voluntária e nomeia isso, o sofrimento e a dor que esta pessoa estava vivendo deixa de ser invisível e ao falar de sua dor, novos sentidos podem ser alcançados, de modo que o suicídio pode deixar de ser a única alternativa possível. Uma das dificuldades de abordar o tema talvez seja um efeito equivocado do que foi chamado de “Efeito Werther”, que é uma referência ao aumento de mortes por suicídio após o lançamento do livro “Os sofrimentos do jovem Werther” de Goethe, em 1774, em que o personagem principal após uma desilusão amorosa, se mata (MORETTO et al, 2017). De fato, é possível notar em algumas cidades, bairros, famílias, grupos de amigos e locais de trabalho que após um suicídio, outros ocorrem. O mesmo podemos dizer quando uma pessoa famosa, com muitos/as admiradores morre por suicídio. No entanto, o silêncio não combate esse caráter “contagioso” do suicídio. A prevenção do suicídio é uma das prioridades da Organização Mundial de Saúde (FUKUMITSU et al, 2015). Como o suicídio é um fenômeno multicausal, as estratégias de prevenção também precisam ser múltiplas e interdisciplinares.
Beneficiário
Comunidade Unifal e comunidade externa.