Apresentação
O tabagismo ativo é a maior causa de morte evitável no mundo ocidental. O EAT (Education Against Tobacco) é uma rede mundial de combate ao tabagismo, presente em 15 escolas de medicina nacionais. Através do aconselhamento e de atividades dinâmicas interativas como o uso dos aplicativos “smokerface”, que projeta a face do indivíduo no futuro caso ele faça uso do cigarro, e “smokerstop”, que fornece suporte para aqueles que gostariam de cessar o tabagismo, atua na prevenção primária em estudantes das escolas da região em que é implantado. O EAT UNIFAL-MG faz parte da rede mundial de combate ao tabagismo e está vinculado ao Programa: Núvleo de Alimentação Escola e Saúde Interdisciplinar - NAESI.
Objetivos
1) Adaptar os materiais da rede EAT-Brazil à realidade local, utilizando-os para nortear as ações educativas a serem realizadas. 2) Organizar palestras presenciais e virtuais interdisciplinares que associam o efeito deletério do tabaco as diversas áreas do conhecimento; como, por exemplo, o tabagismo sob a visão da psicologia. 3) Realizar postagens informativas nas redes sociais do projeto. 4) Realizar intervenções presenciais e promover dinâmicas nas escolas de Alfenas assim que a situação epidemiológica permitir, visando desestimular o início do consumo de tabaco na adolescência, bem como encorajar aqueles que fumam a interromper o uso. 5) Coletar dados não nominais do público alvo envolvido para posterior estudo da efetividade do projeto. 6) Divulgar o projeto bem como os seus resultados para outras escolas médicas do país, fomentando a expansão da rede Education Against Tobacco Brazil.
Justificativa
Segundo o Relatório Global de Tabagismo da Organização Mundial da Saúde de 20094, estimase que mais de um bilhão de pessoas são fumantes no mundo, sendo que as estimativas são de que esse número se eleve para dois bilhões em 2030. A distribuição epidemiológica aponta que os países em desenvolvimento são os mais afetados; o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)5, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer(INCA), demonstrou em 2008 que aproximadamente 17,2% da população brasileira faz uso regular de tabaco, o que equivale a cerca de 25 milhões de pessoas. Um estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz estimou a carga do tabagismo no Brasil em 2011, concluindo que o mesmo foi responsável naquele ano por 147.072 óbitos evitáveis (403 mortes por dia), 2,69 milhões de anos de vida perdidos, 157.126 infartos agudos do miocárdio, 75.663 acidentes vasculares cerebrais e 63.753 diagnósticos de câncer, representando um custo de R$23,37 bilhões para o sistema de saúde6. Segundo dados do VIGITEL Saúde Complementar (Ministério da Saúde, 2014), a frequência de adultos fumantes beneficiários de planos de saúde nas capitais brasileiras e Distrito Federal foi de 8,7%, sendo maior no sexo masculino (10,3%) do que no feminino (7,3%). Estudos apontam que a idade média de início do consumo de tabaco é de 15-16 anos, sendo que existe uma correlação direta entre início precoce do consumo de tabaco, grau de dependência e complicações decorrentes do seu uso crônico. Pesquisas demonstram que cerca de 70% dos adolescentes que experimentam cigarro tornam-se dependentes do tabaco. Também demonstram que 80% dos fumantes querem deixar de fumar, mas apenas 3% alcançam êxito nesse esforço. Dessa maneira, a prevenção do consumo de tabaco na adolescência, maior grupo de risco para o início da dependência do fumo, torna-se uma estratégia valiosa como política de controle e prevenção do tabagismo.
Beneficiário
Adolescentes de 12 a 17 anos que estudam scolas municipais de Alfenas, acadêmicos de diversas áreas do conhecimento e público geral que manifestar interesse, ao seguir as redes sociais e acompanhar as palestras e postagens.