ASSISTÊNCIA AOS PACIENTES COM MUCOSITE ORAL RADIOQUIMIOINDUZIDA NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA DO HOSPITAL DA SANTA CASA DE ALFENAS

Apresentação
A mucosite oral é um dos efeitos colaterais mais comuns do tratamento antineoplásico, definida como uma condição inflamatória da mucosa que se manifesta através de eritema, ulceração, hemorragia, edema e dor. A mucosite grave, em decorrência de sua morbidade, pode interromper parcialmente ou completamente o tratamento antineoplásico, comprometendo negativamente na qualidade de vida do paciente, no prognóstico da doença, além de alterar a taxa de sobrevida do paciente. Esse projeto tem por finalidade identificar a prevalência de mucosite oral radio e/ou quimioinduzida em um serviço de oncologia do Hospital da Santa Casa de Alfenas, sul de Minas Gerais, identificando a sua gravidade, a relação com dose dependência, a associação com comorbidades, bem como instituir um plano de tratamento para tal condição.

Objetivos
1. Identificar a presença e a prevalência de mucosite oral durante a terapia oncológica no Serviço de Oncologia da Santa Casa de Alfenas. 2. Identificar o grau de agressividade da mucosite oral. 3. Associar o grau da mucosite com o perfil epidemiológico e com as comorbidades identificadas. 4. Associar a presença e a gravidade da mucosite com o número de ciclos de quimioterapia e/ou número de sessões de radioterapia. 5. Avaliar se a associação da quimioterapia com a radioterapia aumenta a frequência e a gravidade da mucosite oral. 6. Comparar a prevalência de mucosite oral entre os pacientes afetados pelos diferentes tipos de neoplasia maligna. 7. Orientar os pacientes quanto à higienização oral. 8. Tratar da mucosite oral aplicando o laser de baixa intensidade e/ou com uso de medicamentos recomendados. 9. Acompanhar o paciente até o final do tratamento.

Justificativa
Considerando que a mucosite oral representa um dos efeitos colaterais mais comuns do tratamento antineoplásico, podendo acarretar, em decorrência de sua morbidade, interrupção parcial ou completa do tratamento, o que compromete negativamente na qualidade de vida do paciente, no prognóstico da doença, além de alterar a taxa de sobrevida do paciente, há grande necessidade do cirurgião dentista em reconhecer e tratar tal alteração oral identificada em pacientes sob tratamento oncológico. É preciso desenvolver medidas que visem à melhoria da condição oral e da qualidade de vida desses pacientes, a fim de prevenir e minimizar os efeitos negativos e/ou complicações decorrentes da terapia antineoplásica e do curso da própria doença. Para tanto é necessário conhecer a prevalência da mucosite oral em nossa região, identificando a frequência de pacientes afetados por essa alteração e as condições relacionadas a essa desordem. Esse efeito colateral grave e doloroso será tratado principalmente por laserterapia dentro do Serviço de Oncologia do Hospital da Santa Casa de Alfenas, uma vez que é considerado o método mais eficaz para aliviar os sintomas desse desconforto.

Beneficiário
Todos os pacientes atendidos no Hospital da Santa Casa de Alfenas que apresentarem mucosite oral em decorrência do tratamento antineoplásico.