POVOS INDÍGENAS NO BRASIL: DIVERSIDADES, CONFLITOS E RESISTÊNCIAS (PRÉ III JORNADA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS/UNIFAL)

Apresentação
Pretende-se a realização de uma mesa redonda com o tema "Povos Indígenas: diversidades, conflitos e resistências (Pré III Jornada das Ciências Sociais)", cujo intuito é debater questões que perpassam os universos indígenas no Brasil, a saber: direitos humanos, os equívocos sobre o que é ser ou não ser indígena no país, a luta e os conflitos em torno de seus territórios, bem como suas iniciativas com vistas ao fortalecimento de suas culturas. Trata-se de uma mesa em comemoração ao "dia do índio" (19 de abril) e em apoio às lutas e movimentos indígenas que nesse mês ganham maior visibilidade no país. Tal mesa redonda também se constitui enquanto um Pré Evento da III Jornada das Ciências Sociais que irá ocorrer de 03 a 06 de setembro de 2018 e que tem como tema "Fronteiras".

Objetivos
Preenchimento não necessário

Justificativa
Atualmente, existem no Brasil cerca de 254 povos indígenas, falantes de mais de 150 línguas diferentes, somando, conforme o IBGE (2010), 896.917 pessoas. Só no estado de Minas Gerais, segundo dados do Instituto Socioambiental, vivem 12 diferentes povos. Entretanto, apesar de toda essa diversidade, pouco se sabe sobre os povos indígenas no Brasil, e o que se sabe, muitas vezes, é por um viés aculturativo, pelo ponto de vista da perda cultural, que resulta em uma visão distorcida sobre esses povos, da onde advém pensamentos equivocados como aponta Bessa Freire (2000). Segundo o autor ao se referir aos povos indígenas no Brasil, fala-se muito em: 1) Índio genérico, ignorando sua diversidade cultural e sócio-política; 2) Culturas atrasadas ou primitivas, desvalorizando seus modos de saber e fazer; 3) Culturas congeladas, colocando esses povos como parados no tempo; 4) Em indígenas como parte do passado, os quais deixaram de existir com o processo de invasão das Américas; e 5) Percebe-se ainda, afirmativas que apontam, conforme Bessa Freire (2000), que o "brasileiro não é índio" e não possui relações com essas população, de modo que ao falar de si o que se vê é uma valorização das matrizes europeias, chegadas posteriormente nessas terras que vieram a ser Brasil. Dito isso a mesa redonda proposta se apresenta como uma forma de dissolver esses equívocos a partir do debate de temas do universo ameríndio no Brasil. A mesa redonda é um modo de homenagear esses povos e também, devido os ataques atuais às suas formas de vidas, territórios e culturas, é uma forma de contribuir com a luta desses povos e trazer o debate em torno desses temas para dentro da Universidade. Lembro ainda que essa mesa se constitui enquanto um pré evento da III Jornada das Ciências Sociais que ocorrerá no mês de Setembro de 2018.

Beneficiário
Estudantes, professores e funcionário da Unifal, bem como outros interessados.