ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CLÍNICO PARA O ATENDIMENTO DE PESSOAS COM DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Apresentação
A pandemia de Covid-19 alterou a rotina de trabalho da Atenção Primária à Saúde e comprometeu a longitudinalidade do cuidado e expõe as pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis(DCNT) a um duplo risco, maior de complicações pela própria doenças e pela infecção por SARS-COVID. Por isso, a retomada do acompanhamento dessa população com regularidade adequada, objetivando sua estabilidade clínica, reduz as chances de desfechos desfavoráveis durante o período de pandemia. O primeiro passo para a organização do acompanhamento é a estratificação de risco.

Objetivos
Conhecer a percepção de coordenadores, médicos, nutricionistas e enfermeiros da APS sobre estratificação de risco clínico para o atendimento de pessoas com DCNT. Identificar os coordenadores, médicos e enfermeiros da APS que utilizam a estratificação de risco clínico. Avaliar os conhecimentos dos coordenadores, médicos, nutricionistas e enfermeiros da APS acerca da estratificação de risco clínico.

Justificativa
Estratificação de risco é o processo pelo qual se utilizam critérios clínicos, sociais, econômicos, familiares e outros, com base em diretrizes clínicas, para identificar subgrupos de acordo com a complexidade da condição crônica de saúde, com o objetivo de diferenciar o cuidado clínico e os fluxos que cada pessoa deve seguir na Rede de Atenção à Saúde para um cuidado integral. A estratificação de risco permite estabelecer um plano de cuidado mais eficaz e seguro para o momento da pandemia. Isso porque pode evitar a presença desnecessária de pessoas bem controladas na UBS e alcançar pessoas de risco que se encontram afastadas do tratamento orientado pela equipe. Algumas ferramentas reconhecidas estão disponíveis para estratificação de risco e podem ser aplicadas em pessoas com DM e HAS, como a proposta elaborada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Esse modelo apresenta critérios de avaliação multifatoriais, no intuito de elaborar uma estratificação de risco individual mais precisa, por isso, é um tipo de ferramenta preferencial, especialmente quando a pessoa passa por um longo período sem avaliação e pode apresentar eventos novos que podem reclassificá-lo, como acontece no contexto de pandemia. A demanda dos profissionais e da gestão e os conhecimentos da universidade justificam a realização do curso proposto.

Beneficiário
Profissionais coordenadores, enfermeiros, médicos e nutricionistas da APS.