JUVENTUDE, TRABALHO E GERAÇÃO DE RENDA NA PANDEMIA

Apresentação
A atual crise sanitária, política e econômica que atinge o país tem causado um forte impacto sobre as juventudes, seja pelo aumento das desigualdades sociais provocadas pelo acesso desigual à educação remota, seja pela redução das perspectivas de trabalho e renda das juventudes, comprometendo não só o presente, como também as expectativas de futuro. Segundo os dados IBGE, no Brasil, em 2021, a taxa média de desemprego de jovens entre 14 e 24 anos é de 46,3%, evidenciando o impacto da crise sobre esta população. A necessidade de adentrar ao mercado de trabalho, conduz muitos jovens ao trabalho cada vez precário. Sob o argumento de ampliar as opções de trabalho para os jovens, o governo lançou em abril de 2021, a Medida Provisória nº 1.045 que buscou impor e mudanças dramáticas nas relações de trabalho. Apresentada como medida de enfrentamento do desemprego, a MP ampliava ainda mais a precarização ao legalizar a extinção do vínculo empregatício entre empregadores e jovens em processo de qualificação. Apesar da rejeição pelo Congresso da Reforma Trabalhista imposta pela MP, a discussão sobre as perspectivas e expectativas dos jovens com relação à vida profissional continua em pauta.

Objetivos
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Justificativa
Diante da situação social e política do país, em que pairam severas ameaças sobre os direitos das e dos jovens, em especial das camadas populares, o Grupo de Estudos sobre a Juventude da UNIFAL-MG pretende dar continuidade as suas ações de promover estudos, debates e intervenções sociais sobre os problemas emergentes que afetam as e os jovens. Desde o início da pandemia em 2020, o grupo realizou diversas atividades abertas à partição de estudantes e comunidade, onde convidamos pesquisadores acadêmicos e ativistas para debater temas candentes para a juventude. Foi com esse propósito que em outubro de 2020, convidamos o Prof. Dr. Flávio Sofiati (UFG) para discutir o tema “Juventude e religião”. Em seguida convidamos o Prof. Dr. Luis Eduardo Soares para discutir “Juventude, drogas e as periferias”. Neste ano de 2021, convidamos o advogado Wilian Santos e o padre Agnaldo Soares Lima para debate os “31 do Estatuto da Criança e do Adolescente”. Na ação que ora propomos buscamos promover debate sobre o trabalho como direito social da juventude, discutir a condição juvenil no mercado de trabalho atual e analisar as lutas sociais pelo direito ao trabalho digno. O problema do desemprego e da precarização das condições de trabalho da juventude, não tem se constituído como bandeira dos movimentos de juventude. Entretanto, as e os jovens cada vez mais te integram em movimentos de economia solidária para geração de renda e fortalecendo redes de solidariedade, principalmente no contexto da pandemia (CORROCHANO; LACZYNSKI, 2021). Dessa maneira, estas ações coletivas que emergem principalmente nas periferias são parte dos movimentos sociais de juventude O evento tem o propósito de aprofundar as discussões supracitadas, e para isso, necessita fazer uso dos recursos tecnológicos da UNIFAL-MG como apoio do Núcleo de Tecnologia e Informática. Necessita também, das facilidades proporcionadas pela CAEX, tais como inscrição, apontamento de presenças e certificação. Como se trata de um evento de difusão científica e extensão educacional, promovida pelo Grupo de Estudos da Juventude da UNIFAL-MG, ainda que abranja todo o país no alcance do evento, deve ser registrado no Caex como evento de extensão. A realização deste evento na UNIFAL-MG, facilitado pelo meio remoto, contribui para o reconhecimento da UNIFAL-MG como referência nos estudos e pesquisas sobre a condição da juventude no Brasil.

Beneficiário
Docentes, discentes e pesquisadores da UNIFAL que se preocupam com a efetivação dos direitos das juventudes. Além de jovens e militantes que se organizam em torno da defesa dos direitos sociais.