CUIDADO FARMACÊUTICO NA DOR

Apresentação
Estudos sobre prevalência de dor crônica (DC) realizados no Brasil apontam que aproximadamente 41% da população relata ser portadora desse tipo de dor1. O uso indiscriminado de analgésico como anti-inflamatório não esteroidal (AINEs), dipirona ou paracetamol são muito usais entre os portadores de DC. O tratamento da dor deve seguir as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), que criou a “escala analgésica” estabelecendo a terapia medicamentosa conforme a intensidade da dor. A escolha dos medicamentos deve ser realizada com base em evidências clínicas considerando critérios de segurança, conveniência e facilidade de acesso. Durante o cuidado farmacêutico, serão realizadas análises do tratamento farmacológico da dor prescrito e proposto intervenções que visam otimizar a farmacoterapia e minimizar a incidência de reações adversas a medicamentos.

Objetivos
1 - Avaliação da prescrição de medicamentos e/ ou análise da automedicação de medicamentos utilizados para tratamento da dor; 2 - Educação dos profissionais da área de saúde sobre terapia medicamentosa, enfocando toxicidades potenciais e interações com suplementações alimentares, terapias alternativas e complementares; 3 - Garantir que pacientes e cuidadores entendam e sigam as orientações relacionadas aos medicamentos. O farmacêutico deve explicar a diferença entre adição, dependência e tolerância e desmistificar conceitos errôneos sobre opióides. Quando necessário, será realizado agendamento de consulta farmacêutica para cada paciente atendido pelo programa, para comunicar-se diretamente com ele ou seus cuidadores e fazer as intervenções necessárias.

Justificativa
Para o controle efetivo do quadro álgico, além da implementação de medidas analgésicas e avaliação da eficácia terapêutica da dor, faz-se essencial o uso correto da farmacoterapia. Muitos programas informatizados têm sido desenvolvidos e são apontados na literatura como uma importante ferramenta na revisão de prescrições médicas. Estes, quando utilizados em hospitais, têm demonstrado resultados satisfatórios, visto que se mostram capazes de reduzir as interações medicamentosas. Alguns autores relatam com vantagem agilidade na análise das prescrições, redução de erro de medicação, tempo de internação e gastos. A American Society of Health-Systems Pharmacists acredita que o Cuidado Farmacêutico no controle da dor seja fundamental na proposta da profissão em auxiliar as pessoas a otimizarem o uso dos medicamentos.

Beneficiário
Alunos selecionados do curso de Farmácia, assim como, pacientes da Clínica de Fisioterapia da UNIFAL-MG que apresentem condições dolorosas agudas e crônicas.