LITERATURA E HISTÓRIA: VIOLÊNCIAS E AUTORITARISMOS

Apresentação
No projeto "Literatura e História: violências e autoritarismos", o objetivo principal é debater, analisar e interpretar coletivamente, com membros da comunidade universitária e da comunidade externa à UNIFAL-MG (principalmente discentes de graduação e docentes e discentes da educação básica), obras literárias nas quais diferentes formas de violências e de autoritarismos tenham se convertido em temas e, também, em problemas estético-formais. Serão privilegiadas, sempre que possível, obras literárias publicadas na América Latina. Pretende-se, a partir do projeto, constituir um banco de dados e de recursos didáticos (sobretudo com planos e propostas) para o ensino de História de temáticas consideradas sensíveis e/ou controversas.

Objetivos
Como se disse antes, no projeto o objetivo principal é debater coletivamente, com membros da comunidade universitária e da comunidade externa à UNIFAL-MG (principalmente discentes de graduação e docentes da educação básica), obras literárias nas quais diferentes formas de violências e de autoritarismos tenham se convertido em temas e, também, em problemas estético-formais. Além disso, pretende-se, a partir do projeto, constituir um banco de dados e de recursos didáticos (sobretudo com planos e propostas) para o ensino de História de temáticas consideradas sensíveis e/ou controversas.

Justificativa
O projeto se justifica pelo menos em dois níveis: do ponto de vista acadêmico, a proposta se vincula a uma área de investigação em crescente expansão, no Brasil e em outras partes do mundo, na qual obras literárias produzidas ao longo do século XX e no início do século XXI são investigadas e debatidas com o intuito principal de discutir quais representações de violências e de autoritarismos estão nelas veiculadas e, portanto, circularam e circulam em diferentes sociedades; do ponto de vista social, trata-se de proposta que se justifica pela relevância de se debater, de todas as formas e as perspectivas possíveis, as variadas formas de violência e de autoritarismo, para que seja possível combater, no âmbito do ensino de História e além, as manifestações reacionárias de revisionismo ideológico e de negacionismo. Enfim, há interfaces inescapáveis do projeto com as discussões da área de Literatura (dos estudos literários e teórico-críticos), da subárea de Ensino de História e da subárea de História Pública, domínios de investigação e de produção de saberes da grande área de História fundamentais para o Laboratório de História Pública, programa ao qual o projeto se vincula. Ademais, a proposta foi elaborada em consonância com a missão geral prevista no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UNIFAL-MG para o período 2021-2025, isto é, "Promover [na UNIFAL-MG] a formação plena do ser humano, gerando, sistematizando e difundindo o conhecimento, comprometendo-se com a excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, com base nos princípios da reflexão crítica, da ética, da liberdade de expressão, da solidariedade, da justiça, da inclusão social, da democracia, da inovação e da sustentabilidade” e com os objetivos 4 e 16 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), a saber, respectivamente: "Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos" (objetivo 4) e "Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis" (objetivo 16), com destaque para o que se prevê no item 4.7 ("Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável"), no item 16.10 ("Assegurar o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais, em conformidade com a legislação nacional e os acordos internacionais") e no item 16.a ("Fortalecer as instituições nacionais relevantes, inclusive por meio da cooperação internacional, para a construção de capacidades em todos os níveis, em particular nos países em desenvolvimento, para a prevenção da violência e o combate ao terrorismo e ao crime").

Beneficiário
Estima-se que serão beneficiárias e beneficiários do projeto, no primeiro ano de execução, discentes de graduação da UNIFAL-MG (sobretudo dos cursos de História, Letras, Ciências Sociais e Pedagogia) e docentes e discentes da educação básica. Almeja-se atingir cerca de 30 participantes mensais.