CIÊNCIA DIVERTIDA

Apresentação
Nesta proposta, são apresentadas as ações para construção de um portfólio de experimentos interessantes, divertidos que utilizem materiais disponíveis na casa das pessoas que desejarem realizá-lo. Diante do sucesso do Espaço Pequeno Cientista em nossos eventos do Química faz Bem, verificamos a necessidade de sempre termos uma atualização dos experimentos para continuar a despertar o interesse pela ciência das crianças que nos visitam. Desta forma, poderemos fornecer a elas um espaço não formal de aprendizagem, enriquecimento cultural, aprofundamento científico, ou até mesmo uma opção de lazer. Pretende-se construir um espaço não formal de ensino, aliando o prazer de aprender, à inovação tecnológica e sua divulgação à sociedade, e o exercício da promoção da aprendizagem em ambientes fora do contexto escolar.

Objetivos
O objetivo desse projeto é despertar nas crianças (alunos da educação básica e anos iniciais do ensino fundamental) os conceitos de ciência, química e tecnologia, meio ambiente, segurança, etc por meio de experiências coloridas, e que abordem coisas do seu cotidiano. São objetivos específicos deste projeto: • Desenvolver em um espaço não formal de ensino, com temáticas que motivem os alunos à aprendizagem de conteúdos de ciência; • Identificar, a partir dessa temática, conteúdos com maior dificuldade de aprendizagem pelos alunos; • Planejar e elaborar com os discentes colaboradores, as propostas de atividade; • Apresentar as atividades desenvolvidas junto ao evento Química faz Bem e em outro locais previamente agendados; • Avaliar a potencialidade das ações desenvolvidas quanto à formação cidadã: • Colaborar com um desenvolvimento mais saudável e sustentável; • Contribuir para a formação docente e investigativa dos acadêmicos que atuarem no projeto.

Justificativa
Depois da reforma do Novo Ensino Médio, os conteúdos de Química foram reduzidos significativamente. Antes, segundo os documentos oficiais, a abordagem dada aos conteúdos de Ciências – ao qual inclui a Química – deveria ser no sentido de “letrar” o aluno para que este possa fazer uma leitura de mundo a partir dos conceitos aprendidos na escola. Em muitos destes documentos, defende-se uma educação científica tecnológica crítica que significa fazer uma abordagem com uma perspectiva CTS, com a função social de questionar os modelos e valores de desenvolvimento científico e tecnológico em nossa sociedade. Uma pessoa letrada tecnologicamente tem condições de usar seus conhecimentos para examinar os prós e contra do desenvolvimento tecnológico, seus benefícios e seus custos e perceber o que está por trás das forças políticas e sociais que orientam este desenvolvimento. Isso vai além do conhecimento técnico específico sobre o uso da tecnologia que também se torna importante no mundo atual, dominado por tantos aparatos tecnológicos. Pode-se observar que, mais do que ensinar conteúdos, a escola deve ir além deste conhecimento, onde os alunos possam transportá-lo ao seu cotidiano, levando o aprendiz ao desenvolvimento de uma visão crítica, com capacidade de tomada de decisões e análise de tantas novas tecnologias em um mundo em constante transformação. O mesmo pode ser observado quando se analisa também os documentos oficiais do Governo do Estado de Minas Gerais (CBC 2020) também observa-se a menção de que a Química pode ser um instrumento de formação humana que amplia os horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, se for apresentado como ciência, com seus conceitos, métodos e linguagens próprias, e como construção histórica, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade (PCN+). A aprendizagem de Química, nessa perspectiva, enfatiza situações problemáticas reais de forma crítica, permitindo ao aluno desenvolver capacidade como interpretar e analisar dados, argumentar, tirar conclusões, avaliar e tomar decisões. Não se procura uma ligação artificial entre o conhecimento e o cotidiano, restringindo-se a exemplos apresentados apenas como ilustração ao final de algum conteúdo; ao contrário, o que se propõe é partir de situações problemáticas reais e buscar o conhecimento necessário para entendê-las e solucioná-las. Por outro lado, considerando documentos mais recentes como a Base Nacional Comum curricular (BNCC, 2022) recentemente implementada, tem-se em trecho deste documento: "é preciso levar em conta as vivências cotidianas dos estudantes do Ensino Médio – impactados de diferentes maneiras pelos avanços tecnológicos, pelas exigências do mercado de trabalho, pelos projetos de bem viver dos seus povos, pela potencialidade das mídias sociais, entre outros". Isso nos indica que a inter-relação entre o que se estuda na escola, com as aplicações no cotidiano destes saberes escolares foi e tem sido um norte que se espera para a formação em Educação básica praticada em nossas escolas. Diante disso, percebe-se uma tendência ao abandono do ensino tradicional, com conteúdos informativos dando lugar a conteúdos formativos. Pretende-se desenvolver no aluno uma formação crítica, atenta a realidade que o cerca, capaz de fazer uma leitura deste mundo em transformação, tomando decisões conscientes sobre as diversas e crescentes “modas” que o atinge diariamente. Entretanto, o ensino praticado nas nossas escolas e os materiais didáticos utilizados tem evoluído para atender esta demanda? Além disso, será que os temas abordados nos materiais didáticos realmente motivam e estão alinhados aos interesses de nossos alunos? Espaços não formais de ensino/aprendizagem não poderiam ser utilizados com maior frequência para complementar e motivar a maneira tradicional de ensino? Uma proposta que responda a estas questões é um dos objetivos desta ação de extensão, assim como, contribuir de maneira significativa para a formação dos graduandos envolvidos no projeto.

Beneficiário
O público alvo da ação é a comunidade de Alfenas e região, professores e alunos das escolas de Educação Básica que utilizarão os espaços do Centro de divulgação científica. Além disso, professores em exercício também são participantes das ações ao integrar a equipe de elaboração das atividades.