GÊNERO E EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL: HISTÓRIA, PERSPECTIVAS E AÇÕES

Apresentação
O minicurso, organizado por membros do grupo AMHOR e pelo Núcleo de Atenção à Mulher (NAM), ligados a PRACE, será realizado de forma presencial e voltado a estudantes das Licenciaturas, professores/as da rede básica de educação e docentes do ensino superior, com o caráter de formação inicial e continuada sobre direitos humanos e diversidade na Educação. Por meio de debates conceituais e procedimentais, além da troca de experiências, o minicurso pretende levantar diagnósticos e propor elaboração de práticas em atuação em sala de aula, voltados aos direitos humanos e ao combate à discriminação e exclusão por questões de gênero, sexualidade e étnico-raciais.

Objetivos
1. apresentar o debate histórico sobre direitos humanos; 2. debater documentos oficiais e legislação voltados à educação sobre direitos humanos e diversidade; 3. analisar, junto a estudantes e docentes, os currículos na formação e no trabalho de professore/as da rede básica de ensino; - 4. trabalhar conceitos ligados ao debate de direitos humanos, ligados às questões de gênero, sexualidade, raça e diversidade, procurando desconstruir preconceitos na universidade e na escola, além da análise de ações de censura e repressão que atingem docentes; - 5. apresentar propostas de trabalho na educação, a partir da orientação dos ministrantes e de profissionais convidados; - 6. dar abertura à troca e compartilhamento de experiências de docentes, a fim de identificar demandas e equívocos teóricos e procedimentais; 7. - planejar, juntos aos/às participantes, ações de intervenção na educação, a partir dos debates promovidos no curso.

Justificativa
Cada vez se torna mais urgente o debate sobre a educação em defesa dos direitos humanos, ligados ao combate antirracista, antissexista e antilgbtfóbico, diante de um cenário de intolerância e desrespeito a segmentos sociais dissidentes e de censura a educadores e escolas. Ações como o do Programa Escola Sem Partido (mesmo que extinto oficialmente) continuam a vigorar nas escolas, além de tentativas de controle por meio de documentos como a BNCC, em que conceitos e palavras como conceito e sexualidade são cortadas e evitadas. No entanto, considera-se que os movimentos sociais atravessam a escola e as demandas por respeito pelos direitos são demandas nas experiências de docentes nas universidade e na educação básica, que, se são agentes da sociedade branca e cisheteronormativa, também pode atuar na elaboração e realização de trabalhos que promovam a visibilidade e o reconhecimento de direitos humanos entre a população LGBTQIA+, mulheridades, feminilidades e negro/as, combatendo a lgbtfobia, o racismo e o sexismo, entendidos de forma interseccionada. Diante disso, consideramos urgente trabalhos de formação, de escuta e de elaboração de ações entre estudantes que se tornarão profissionais da educação e docentes que já atuam nas escolas e na Academia, a fim de tornar esses espaços também possíveis de relações de respeito e dignidade humana.Como afirmou a estudiosa Guacira Louro, a escola tem sido um espaço de disciplina, estigmatização e discriminação de corpos e subjetividades, na medida em que é perpassada pela cisheteronormatividade e o racismo. Acredita-se, no entanto, que ela possa ser, também, um lugar de debate e construção de práticas pedagógicas que defendam os direitos humanos e uma educação antirracista, antissexista e antilgbtfóbica.

Beneficiário
estudantes das licenciaturas, docentes do ensino básico e superior