A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA E A DISCUSSÃO DO SEXISMO COMO FORMA DE OPRESSÃO.
Resumo:A Educação Matemática Crítica pode ser considerada como uma possibilidade para a discussão do sexismo como forma de opressão nas aulas de matemática. Neste trabalho, apresentamos nossa pesquisa em andamento cujo objetivo é compreender de que forma atividades pedagógicas na perspectiva da Educação Matemática Crítica, desenvolvidas nas aulas de matemática, podem contribuir na identificação e no diálogo sobre o sexismo como forma de opressão. Utilizando a metodologia da pesquisa-ação, desenvolveremos uma sequência didática com estudantes do ensino médio no âmbito do programa de estágio supervisionado. Esta atividade será ancorada na perspectiva da Educação Matemática Crítica e da Educação Matemática para Justiça Social, focando na problematização de temas como o sexismo. Buscaremos oferecer subsídios para que os estudantes possam ler e escrever o mundo com a matemática, ao investigarem situações de opressão vivenciadas por mulheres. Para a coleta dos dados, utilizaremos os instrumentos de caderno de campo para anotações referente ao engajamento dos estudantes e das estudantes, além de utilizar as próprias respostas deles e delas na atividade. Para a análise dos dados, utilizaremos técnicas da análise de conteúdo categorial, de forma a identificar a maneira como a atividade proposta pode favorecer o estabelecimento de diálogo no sentido de identificação e elaboração de propostas para mudanças, relacionadas ao sexismo. De forma específica, buscaremos verificar possíveis formatos de atividades pedagógicas que potencializam a leitura e escrita de mundo com a matemática pelos estudantes em relação a temas como sexismo. Além disso, buscaremos analisar possibilidades para o desenvolvimento de atividades pedagógicas com base na Educação Matemática Crítica na identificação e no diálogo sobre formas de opressão e problematizar possíveis aproximações entre a Educação Matemática Crítica e a epistemologia educacional desenvolvida por Paulo Freire.
Referência 1:Freire, P. (1968). Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra.
Referência 2:SKOVSMOSE, Ole. Em direção à educação matemática crítica. In: SKOVSMOSE, Ole. Educação matemática crítica a questão da democracia. Campinas, SP: Papirus, 2014, p. 96-124.