Resumo: | O Diabetes Mellitus representa um problema de saúde pública devido ao aumento de sua incidência e prevalência e considerável encargo econômico para indivíduos e sociedade. Por se tratar de uma doença progressiva, os indivíduos acometidos tendem a deteriorar seu estado de saúde com o passar do tempo, quando começam a aparecer as complicações derivadas de um mau controle glicêmico. Essa situação pode acarretar em uma depreciação da qualidade de vida provocando múltiplos impactos. Objetivou-se avaliar a qualidade de vida dos indivíduos portadores de Diabetes Mellitus.
Trata-se de um estudo transversal realizado com 67 indivíduos diabéticos cadastrados na Estratégia de Saúde da Família Nova América do Município de Alfenas-MG.
Observou-se que 61% dos diabéticos eram do sexo feminino, com idade média de 52,08 (±5,97) anos, 61,2% dos usuários relataram 8 anos ou mais de estudo, 52,2% apresentaram renda familiar menor de 4 salários mínimos. A maioria dos diabéticos não fumava e não ingeria bebida alcoólica, entretanto, 67,2% eram sedentários. Entre os diabéticos predominou o excesso de peso e a adiposidade abdominal em 80,6% e 89,6%, respectivamente. Os domínios com menores escores da qualidade de vida foram Estado Geral de Saúde (45,42 ±18.19) e Vitalidade (59,93 ±21.99). Constatou-se uma baixa ingestão de verduras e legumes, frutas e com consumo elevado de carboidratos complexos na alimentação.
Conclui-se que os resultados mostram risco para desenvolvimento de complicações cardiovasculares, baixa percepção da qualidade de vida e ingestão alimentar inadequada. Assim, faz-se necessário maior atenção a população estudada por meio da atuação da equipe multiprofissional de saúde, a fim de se melhorar a qualidade de vida e as práticas alimentares. |