| Resumo: | As quedas são frequentes na população idosa e sua ocorrência pode ser um marcador de declínio funcional. Sua abordagem constitui um grande desafio, uma vez que suas causas são multifatoriais. A sarcopenia, caracterizada pela perda de massa e força muscular, é apontada como um dos fatores relacionados ao aumento das quedas e com a redução da mobilidade de idosos. Devido ao seu impacto negativo sobre a saúde e funcionalidade, estudos direcionados a identificação do risco de cair, são importantes para subsidiar ações de atenção e educação em saúde voltadas para a prevenção das quedas na pessoa idosa. O objetivo do presente estudo é investigar o risco de quedas em idosos da comunidade e verificar sua relação com o risco de sarcopenia e alterações da mobilidade. O histórico de quedas foi investigado por questionário estruturado e o risco de cair pelo Physiological Profile Assessment (PPA). A mobilidade foi avaliada pela velocidade de marcha (VM) em 4,6 metros e o teste Timed Up and Go (TUG). O risco de sarcopenia foi investigado pela baixa velocidade de marcha (VM) e força de preensão manual (FPM). Na amostra 34,5% dos idosos relataram quedas no último ano, sendo que 23% caíram nos últimos 6 meses; 75% apresentaram rastreio positivo para sarcopenia e os idosos também apresentaram 0,7 m/s (± 0,2) na VM, 12,6 seg (± 6,3) no TUG, evidenciando redução na mobilidade. Desta forma sugere-se que as quedas parecem estar relacionadas com a baixa mobilidade e com a sarcopenia, portanto uma abordagem preventiva é necessária para se evitar as quedas e suas consequências, especialmente devido a alta frequência de idosos com risco de sarcopenia na amostra. |