Resumo: | Introdução: Dentre as alterações do envelhecimento a sarcopenia e a síndrome da fragilidade são
algumas das mais importantes por estarem associadas a resultados adversos de saúde, como dificuldade
de realizar atividades de vida diária, alterações do equilíbrio e aumento do risco de quedas[1]. As quedas
podem ter implicações negativas, incluindo fraturas, hospitalização, restrição de atividade pelo medo de
quedas e maior risco de mortalidade[2]. O envelhecimento está relacionado a um desequilíbrio na
produção de marcadores biológicos que constituem parâmetros de risco e monitoramento da progressão
clínica dessas condições de saúde. Objetivo: investigar marcadores biológicos para identificação e
acompanhamento da sarcopenia, síndrome da fragilidade e risco de quedas em idosos atendidos pelos
serviços de assistência primário da cidade de Alfenas-MG. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo
longitudinal, observacional, de base populacional. Os idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família
foram aleatorizados para participação no estudo. O perfil clínico-demográfico foi avaliado por um
questionário estruturado; o risco de sarcopenia foi verificado pela força de preensão manual (FPM) e
velocidade de marcha (VM); a fragilidade foi avaliada pelo Fenótipo de Fragilidade e o risco de quedas
por meio do instrumento QuickScreen®, composto pelos itens: histórico de quedas, número total de
medicamentos em uso, uso de psicotrópicos, acuidade visual, teste de sensibilidade cutânea protetora dos
pés, teste de posição semi-tandem, step teste e teste de passar de sentado para de pé. Para dosagem dos
marcadores biológicos foi coletada amostras de sangue, sendo estocado o plasma em biofreezer -80ºC. As
análises relativas aos marcadores biológicos ainda serão realizadas, uma vez que estamos aguardando a
liberação da verba concedida pelo CNPq (CHAMADA UNIVERSAL – MCTI/CNPq Nº 14/2014,).
Para caracterização da amostra foi realizada estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da UNIFAL-MG (722.155, CAAE 32269614.0.0000.5142). RESULTADOS e
DISCUSSÃO: Foram avaliados 508 idosos (71,0 ± 6,9 anos), sendo 60,4% mulheres. Na amostra 12%
foram classificados como frágeis, 50% pré-frágeis e 38% não frágeis; 73,6% dos idosos apresentaram
risco de sarcopenia. Em relação ao risco de quedas, foi observada uma média de 2,7 (± 4,3) fatores de
risco pelo QuickScreen®. CONCLUSÃO: Os idosos avaliados apresentaram risco aumentado para a
perda de massa e força muscular e ocorrência de quedas, além de alta frequência de fragilidade. Esses
resultados demonstram a necessidade de se investir na melhoria e manutenção da funcionalidade da
pessoa idosa. Atividades visando o envelhecimento ativo e ações preventivas podem ser implementadas
na Atenção Primária à Saúde, visando a prevenção dessas condições de saúde no idoso. |