| Resumo: | A leishmaniose é uma doença infecto parasitária causada por protozoários parasitos do gênero Leishmania, capaz de causar 70 mil mortes por ano. Existem mais de 20 espécies do protozoário, logo, suas manifestações clínicas são diversas, e o tratamento é dificultado. Os medicamentos aprovados para a terapia da doença são os antimoniais pentavalentes, anfotericina B e pentamidina, todavia são altamente tóxicos ao organismo e causam efeitos colaterais. Com isso, os produtos naturais tem sido uma fonte alternativa de estudos na busca por novos fármacos menos prejudiciais, e a Euphorbia cotinifolia, pelos resultados apresentados na literatura, tem sido alvo de novos estudos. A metodologia utilizada analisou as atividades in vitro, anti-promastigota, anti-amastigota, citotoxicidade; e atividades in vivo, extração de DNA, RNA e PCR em tempo real, do composto galato de etila, obtido de um extrato (80 Q), retirado da folha da planta E. cotinifolia. Os resultados obtidos pela atividade leishmanicida em promastigota foram interessantes, já que apresentaram IC50 menor que 0,1 μg/mL, comparando com o medicamento padrão, Anfotericina B, IC50 igual a 4,7 μg/mL; o resultado foi baixo; a atividade anti-promastigota, apresentou IC50 16,35 μg/mL, valor maior em relação ao composto de referência, todavia ainda pequeno, visto que o resultado é menor que a metade da máxima concentração testada (40 μg/mL). Os testes de citotoxicidade apresentaram valores maiores do composto testado em relação ao fármaco de referência, contudo, apresentaram S.I próximos. Para os testes in vivo, o galato de etila foi mais eficiente nas infecções do fígado do que no baço. Os números foram comparados com o fármaco padrão Glucantime. Diante disso, podemos afirmar que o composto testado obteve resultados relevantes nos testes in vitro e in vivo, logo, é necessário que os estudos avancem, a fim de que, no futuro, o composto seja utilizado como um fármaco no tratamento da leishmaniose. |