AUTORREPRESENTAÇÃO DE ESTUDANTES DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DO MUNICÍPIO DE ALFENAS SOBRE O ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
Resumo:Ingridh Guarda Garcia BORONI1, Marina Angélica1, Francisco XARÃO2. 1. Estudantes do ensino médio, Bolsistas PIBIC-EM. 2. Professor ICHL – Orientador. ingridhguarda@gmail.com Resumo: Este projeto de pesquisa aborda o tema do ensino de filosofia no ensino médio. A questão que procura responder é: “A autorrepresentação de estudantes sobre o ensino de filosofia no ensino médio de duas escolas públicas estaduais no município de Alfenas é um fator determinante para o desinteresse dos estudantes por essa disciplina?” A pesquisa foi executada em duas etapas. Inicialmente, a partir de uma revisão da literatura especializada, de alguns trabalhos publicados no Brasil, no período entre 2000 e 2015. O levantamento da bibliografia foi realizado a partir de livros e periódicos presentes na Biblioteca da Universidade Federal de Alfenas-MG – campus de Alfenas e em artigos científicos selecionados através de busca no banco de dados do Scielo e do portal de periódicos da CAPES/CNPq. A busca nos bancos de dados foi realizada utilizando-se os termos “representação social”; “teoria das representações sociais”; “filosofia no ensino médio”; “Desinteresse pela filosofia”; “Filosofia e ensino médio”. O critério de inclusão para os estudos encontrados foi à abordagem específica da influência que a autorrepresentação dos estudantes têm do ensino de filosofia no ensino médio sobre o desinteresse dos estudantes por essa disciplina. Após o levantamento bibliográfico procedeu-se a leitura e fichamento destas obras, seguido do estudo e compreensão dos principais parâmetros envolvidos nos casos relatados na literatura. Esta fase da pesquisa construiu o referencial teórico para a aplicação de um estudo exploratório em duas escolas públicas estaduais do município de Alfenas-MG. Nestas escolas foi aplicado um questionário com questões abertas e uma questão de evocação livre, em uma amostragem de estudantes do ensino médio. Essa segunda fase da pesquisa foi delineada como segue: visita as unidades–caso do estudo; elaboração do questionário; teste do questionário, aplicação do questionário, tabulação dos dados em formulário específico para cada uma das unidades-caso seguido da análise dos dados à luz da teoria das representações sociais de Moscovici [1]. Como síntese geral do questionário aplicado verificou-se que os estudantes do ensino médio representam a disciplina de Filosofia como sendo “o estudo do ser humano em relação ao real e o irreal, através da história do pensamento de grandes filósofos”; que não consideram a filosofia relevante em suas vidas atualmente e que acreditam que no futuro ela influenciará pouco suas decisões em relação a vida e a carreira profissional. Na evocação livre, relativa a aula da filosofia, há muita controvérsia, não sendo possível uma síntese geral. As palavras mais citadas opõem-se entre si com quase metade das respostas com “muito boa” e “legal” e um pouco mais da metade com “chata” e “sono” o que pode indicar que a representação atual da disciplina está ligada mais a didática de ensino da mesma do que seu conteúdo. Portanto, os dados levantados não são conclusivos quanto a relação entre representação social da filosofia e o desinteresse pela disciplina. Recomendamos novos estudos em torno da representação social dos estudantes de ensino médio sobre o ensino de filosofia, ampliando a amostragem para mais escolas e um número maior de respostas aos questionários, uma vez que do total de 2771 matrículas na cidade, o número dos que responderam o questionário, nas duas escolas pesquisadas, foi de 4,15% desse total, ou seja, 115 respostas. Financiamento: CNPq/PIBIC-EM Referências: [1] MOSCOVICI, Serge. A Psicanálise, sua imagem e seu público. Petrópolis: Vozes, 2012.
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