| Resumo: | A instabilidade cromossômica (CIN) é a principal forma de instabilidade genética responsável pelo aumento de alterações cromossômicas e heterogeneidade intratumoral, fenómenos que estão diretamente relacionados com progressão neoplásica e resistência tumoral. Porém, pouco se conhece ao respeito de como a CIN age no microambiente tumoral, assim como quais são as moléculas que a governam. A proteína Survivina é uma importante proteína multifuncional que atua como regulador da divisão mitótica através da sua participação no complexo heterotetramérico altamente conservado denominado Complexo Passageiro do Cromossomo (CPC). Adicionalmente as suas funções reguladoras do CPC, ela atua como uma importante proteína inibidora de apoptose. Devido as funções que favorecem a sobrevivência celular, e a correlação da sua alta expressão com resistência tumoral às terapias convencionais, a proteína Survivina tem recebido muita atenção como um potencial alvo oncoterapêutico. Porém, poucos estudos têm investigado sua relação com os mecanismos de CIN em câncer. O presente trabalho tem como objetivo principal investigar os efeitos a nível cromossômico da inibição da proteína Survivina em células de Glioblastoma, um dos tumores sólidos mais agressivos e incuráveis. Para avaliar as consequências da inibição da Survivina sobre a heterogeneidade e instabilidade cromossômica dessas células modelo, os níveis de CIN serão mensurados antes e após a exposição aos agentes inibidores M4N e YM155, amplamente descritos como repressores da expressão desta molécula alvo. O presente estudo considerará a análise de alterações cromossômicas clonais e não-clonais, além de marcadores citológicos de CIN como frequência de micronúcleos, pontes nucleoplasmáticas e brotos nucleares. Essas informações serão correlacionadas com dados de resposta funcional como proliferação, clonogenicidade e ciclo celular, além da análise de morte apoptótica e/ou mitótica. |