EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO OSMÓTICA SOBRE A MORFOLOGIA E A EXPRESSÃO DE TRANSPORTADOR DE GLUTAMATO EM CULTURA DE ASTRÓCITOS HIPOTALÂMICOS
Resumo:Efeitos da estimulação osmótica sobre a morfologia e a expressão de transportador de glutamato em cultura de astrócitos hipotalâmicos Marina Malerba de Souza, Silvia Graciela Ruginsk Leitão Unifal –MG (Instituto de Ciências Biomédicas / Departamento de Ciências Fisiológicas, Biomedicina) marina.malerba2015@gmail.com Introdução: A neuroglia é formada por células não neurais (células da glia) e inclui os astrócitos, que participam de informações complexas dentro do sistema nervoso central (SNC). Os astrócitos não geram potenciais de ação, mas geram correntes internas de cálcio e podem liberar gliotransmissores como o glutamato (principal neurotransmissor excitatório do SNC). A recaptação do glutamato pelos astrócitos tem função antiexcitotóxica, prevenindo a morte celular, e ocorre por meio de dois principais transportadores de glutamato (GLAST e o GLT-1), que desempenham um papel fundamental no clearance extracelular deste neurotransmissor. Além disso, os astrócitos expressam uma proteína exclusiva em seu citoesqueleto, a GFAP (Glial Fibrillary Acidic Protein), que participa do rearranjo estrutural destas células em diversas situações fisiológicas. [1] A partir de tais evidências, o presente estudo pretendeu avaliar possíveis alterações morfológicas e de expressão de GFAP e GLAST induzidas pela hiperosmolalidade do meio de incubação, usando para tal fim soluções hipertônicas à base de NaCl ou manitol, um osmólito não permeante na membrana celular. Material e métodos: Foram utilizados ratos Wistar machos neonatos que foram eutanasiados para remoção do hipotálamo médio basal. Tal tecido foi dissociado e as células foram cultivadas em meio DMEM por 7-10 dias. Os astrócitos foram separados por agitação e cultivados em placas contendo lamínulas com poli-D-lisina. Após dois dias, o meio de cultura foi removido e a cada poço da placa foi adicionado 1 mL de solução estéril de Hank Isotônica (300 mosm/kg H2O, 128 mM de NaCl) ou Hipertônica (350 mosm/kg H2O, a base de NaCl ou manitol), pH 7.4, por 2 horas. As lamínulas foram fixadas com metanol puro e processadas para imunofluorescência para GFAP e GLAST. A quantificação do sinal fluorescente foi realizada por meio do software Image J. Os resultados foram expressos em médias ± erro padrão da média e analisados por meio do teste de variância de uma via, com pós-teste de Newman-Keuls. Resultados e Discussões: A incubação com a solução hipertônica à base de NaCl diminuiu a área da célula, evidenciada pela diminuição da marcação de GFAP