| Resumo: | O debate acerca da participação política da juventude ganhou espaço entre os sujeitos sociais, os quais apontam para a importância de formar jovens cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. Essa noção é importante para entender o surgimento, justificativa e objetivo de projetos institucionais de formação política, como os projetos desenvolvidos pela Escola do Legislativo de Pouso Alegre/MG (ELPA). Foi realizada observação participante e entrevistas com coordenadores e estudantes durante 2015 e 2016 nas atividades da ELPA e em todas as etapas do Parlamento Jovem de Minas (PJ Minas). O PJ Minas é desenvolvido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), em parceria com as câmaras municipais. A partir da análise dos discursos e práticas dos educadores, gestores e alguns estudantes, busca-se compreender como se dá a formação política e se esta se relaciona com o conceito de jovem como sujeito social [1], que entende o jovem como sujeito autônomo que produz sentido único a partir das experiências por ele vividas. Entretanto, o que se observou foi que os jovens não participam do processo de elaboração e avaliação do projeto, bem como, houve dificuldades de estabelecer processos democráticos durante as atividades. As contribuições da formação durante as etapas do projeto também são apresentadas, como: o aprendizado teórico, convivência com o outro, a produção de propostas para a Comissão de Participação Popular, entre outros. Os limites apontados se relacionam, principalmente na dificuldade de considerar os jovens como sujeitos sociais, observados nos discursos dos coordenadores, o qual aponta os jovens como problema social e os excluí dos processos de tomada de decisão. |