| Resumo: | Introdução: No Brasil a atenção à saúde do indivíduo acometido por câncer é relevante pela alta prevalência da doença na população e sua etiologia apresentar 80% dos casos relacionados a fatores ambientais que poderiam ser evitáveis. O número de pessoas com câncer cadastradas na ONG - Associação dos Voluntários Vida Viva (abrange 23 cidades da microrregião Sul de Minas Gerais), chega a1060 indivíduos, e aproximadamente 600 residem em Alfenas (MG) .
Objetivo: O objetivo desse trabalho é promover a saúde das pessoas com câncer assistidas pela ONG, propiciando reeducação nutricional, com vistas à atenção integral do indivíduo e familiares.
Métodos: Para isto são realizadas oficinas interativas mensais e se necessário, atendimento individualizado, visando minimizar efeitos deletérios da doença; estimular autocuidado, autonomia relacionada à doença e ao tratamento, e atender às perspectivas dos sujeitos envolvidos. A ação interage com profissionais da ONG estabelecendo interdisciplinaridade; fundamenta-se nas teorias de Vygotsky e de Paulo Freire, no princípio da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, promovendo mudanças da realidade por meio da troca de saberes e experiências. Os dados encontrados são por meio da transcrição das falas dos participantes, analisados pela perspectiva da antropologia interpretativa de Geertz (2008), mantendo sigilo dos nomes que são codificados por letras alfabéticas.
Resultados: Como resultados encontrou-se percepção da doença e das adversidades enfrentadas pelos doentes na perspectiva do contexto sociocultural delineando formas diferentes de representação social em relação à visão do profissional de saúde. Para os acadêmicos envolvidos nas atividades encontrou-se percepção de humanização do serviço prestado, treinamento para a escuta sensível, gerando impacto na formação profissional.
Conclusão: Conclui-se inicialmente que a ação extensionista vem atingindo objetivos propostos, ao mesmo tempo em que se aperfeiçoa continuamente no processo educativo e contribui para qualidade de vida do participante, minimiza efeitos deletérios da doença, possibilita interações para melhor socialização e estimula sua resiliência, gera impacto na formação e aperfeiçoamento dos profissionais envolvidos e produção de novos conhecimentos. |