| Resumo: | Introdução: A partir de 1996, o Ministério da Saúde organizou a Atenção Primária à Saúde (APS) por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Em consonância com os objetivos da integralidade da assistência, defendidos por Sala, et al. 2011, o Programa de Extensão Saúde Integral na Atenção Primária (SIAP) é a de contribuir no cuidado e nas ações de saúde direcionadas a toda população adscrita à ESF Nova América (NA), ancorando-se nos quatro sentidos da integralidade na saúde, a saber: o das necessidades, acolhimento e resposta às demandas da atenção à saúde; o das finalidades e recuperação da saúde/reinserção social; o das articulações de ações interdisciplinares e intersetoriais para respostas efetiva às demandas em saúde; e o das interações subjetivas, envolvendo a qualidade das mesmas (AYRES, 2004). Resultado e Discussão: A chamada para o programa foi feita aos alunos do curso de Enfermagem por meio de redes sociais, com explanação breve do objetivo do mesmo, que foi previamente definido com os profissionais da ESFNA. A seleção de 14 alunos considerou desempenho acadêmico e entrevista, dentre eles dois bolsistas. Em fevereiro de 2016 iniciaram-se as atividades: divisão dos alunos em grupos, mesclando os novatos com os de períodos mais avançados; programação de reuniões com debate dos casos, de textos, e capacitação para a visita domiciliar e a avaliação multidimensional do idoso. As atividades são feitas com a supervisão dos docentes e técnica em assuntos educacionais (TAE), e da equipe ESFNA: consulta de enfermagem à criança e adolescente, ao idoso, à gestante, as visitas domiciliárias, as atividades coletivas de promoção e prevenção, acolhimento à população e imunização. Os alunos se integram às atividades de educação permanente da equipe ESFNA, ora como protagonistas, ora como participantes, discutindo temas como dengue, zyca, chikungunya, gripe H1N1, políticas públicas, entre outros. A vivência no programa permite ao aluno acompanhar a equipe fora de unidade de saúde conhecendo a realidade da população; conhecer o indivíduo no seu contexto familiar na visita domiciliaria; aprimorar as habilidades de entrevista, auscultas, anamnese, exame físico; elaborar relatórios; compreender a aplicação de políticas públicas; oportuniza aos alunos dos primeiros períodos a saída dos muros da universidade para a prática cotidiana dos serviços de saúde, descobrindo a atuação do enfermeiro; inter-relacionar com colegas de períodos mais avançados, com troca de saberes e experiências; e desenvolver o respeito aos profissionais e a população. Possibilita aos estudantes serem protagonistas de sua formação, apreendendo e buscando produzir saberes ainda não sistematizado. Conclusão: Por meio da vivência prática o aluno tem oportunidade de despertar para o novo, mudando e aprimorando o olhar para a realidade. O acúmulo de atividades vivenciadas impacta na formação do estudante, promovendo seu crescimento pessoal e profissional. |