| Resumo: | Atualmente, diversos estudos, usando plantas medicinais com atividades biológicas, têm sido feitos por pesquisadores. Os compostos extraídos do gênero vegetal Eugenia sp são usados tradicionalmente na medicina popular. Pesquisas recentes demonstraram que o gênero Eugenia possui várias atividades farmacológicas, como inibição do aumento de glicose, de triglicerídeos plasmáticos e da alfa-glucosidase, tendo alta capacidade de atuação no tratamento do diabetes. Com base nesses estudos, a planta Eugenia florida DC foi uma candidata promissora para os estudos de atividade antidiabética. Para este estudo, as folhas de E. florida DC, espécie arbórea da família Myrtaceae, foram coletadas na região da fazenda Cachoeirinha no município de Alfenas. As folhas primeiramente foram secas em estufa de ar circulante a 105ºC e, posteriormente, trituradas em moinho de faca. Os pós obtidos foram padronizados, utilizando um conjunto de tamises. Foi feito uma extração exaustiva por percolação, utilizando etanol 70% (v/v) como liquido extrator, e os extratos foram rotaevaporados. Eliminado todo o etanol, a água residual foi eliminada através do processo de liofilização e o extrato seco resultante foi armazenado em frascos âmbar e mantido sob baixas temperaturas. Para avaliação da atividade antidiabética, foram utilizados ratos machos da linhagem Wistar, que receberam água e ração ad libium constantemente. Para induzir o diabetes, foi administrado, por via intraperitoneal, aloxano. O extrato das folhas de E. florida DC foi reconstituído em água na concentração de 0,2 g/mL e administrado aos animais, por gavagem, durante 30 dias. Após 30 dias de tratamento, fez-se a eutanásia dos animais, em que o sangue total foi colhido por punção cardíaca, para obtenção de soro. Após esse processo, foram feitas as dosagens de glicemia de jejum e a concentração de frutosamina, avaliação da função renal, hepática,determinação do perfil lipídico e da peroxidação lipídica chegando a conclusão que o tratamento de ratos diabéticos com EB de Eugenia floridaDC. Reduziu os níveis séricos de glicose, frutosamina e triglicerídeos, aumentou de colesterol HDL. E em relação a função renal, na atividade de AST e ALT e nos demais parâmetros do perfil lipídico não apresentou efeitos significativos, mas melhorou os danos hepáticos e renais nos animais diabéticos tratados. Portanto, a espécie E. florida DC. apresenta um potencial biológico relevante pela presença de seus metabólitos secundários bioativos. |