Resumo: | no processo de produção de fibra de poliéster pela empresa M&G Fibras de Poços de Caldas,
têm-se o efluente monoetilenoglicol (MEG) como principal elemento líquido. Apesar de sua toxicidade
relativamente baixa, a liberação de grandes quantidades pode criar perigos para os animais domésticos e
selvagens, comprometer a qualidade da água devido à sua alta demanda química de oxigênio (DQO), ou
adicionar excessiva carga orgânica às estações de tratamento de águas residuais. Como o efluente não é
absorvido no processo de produção feito pela indústria, cria-se a necessidade de tratá-lo. Atualmente,
utiliza-se do sistema de lodos ativados para o tratamento deste efluente, contudo apesar de apresentar
resultados satisfatórios de remoção de DQO, existe a geração e a necessidade de remoção de lodo do
sedimentador secundário. Então se optou pela utilização de tubos geotêxteis para acondicionamento e
disposição do lodo. Porém, com o passar do tempo existe a necessidade de aquisição de novos tubos e da
destinação final para o lodo acondicionado. O tratamento anaeróbio reduzirá os atuais custos com a
energia para o sistema de lodos ativados e a não necessidade de aquisição e disposição final dos tubos
geotêxteis utilizando a biomassa anaeróbia empregada em reator anaeróbio para a conversão biológica do
efluente para tratamento desta água residuária bruta.
O inóculo utilizado é constituído pelo lodo proveniente de um reator batelada empregado para
tratamento de MEG, a água residuária contendo MEG fornecida pela empresa e o meio nutricional Del
Nery. Serão preparados em duplicatas e armazenados em frascos Duran com um volume reacional de 300
ml, sendo 10% do volume reacional composto de inóculo, o restante será composto por MEG e meio
nutricional. Todos os ensaios são realizados em condições anóxicas, obtidas fluxionando gás nitrogênio
em cada reator por 10 minutos, antes de serem lacrados com um septo de borracha e uma tampa tipo rosca
com um furo no centro para facilitar a retirada de amostras. Os reatores são mantidos em uma incubadora
com temperatura controlada em 30ºC e agitação de 150 rpm.
O sistema é avaliado em função da variação das em seis diferentes fases de concentrações de
matéria orgânica, na forma da demanda química de oxigênio (DQO). Até o presente momento, pode-se
fazer e analisar até a terceira fase, que apresenta uma maior remoção de matéria orgânica caracterizada
em 72% para 1500 mg.L-1 de matéria orgânica, mostrando um resultado satisfatório e a grande eficiência
do tratamento anaeróbio do efluente. Mais adiante estes resultados serão utilizados para obtenção dos
parâmetros cinéticos da degradação do MEG. |