Resumo: | Introdução: O aumento da prática esportiva perante a população em geral é um fenômeno mundialmente observado que, vem
acompanhado de uma elevação considerável na incidência de lesões. As lesões esportivas causam geralmente alterações no
desempenho dos atletas e dos praticantes de atividades físicas em geral, sendo a entorse de tornozelo, as lesões ligamentares do
joelho, as lesões de meniscos e a distensão da coxa as lesões mais frequentes [1]. Deste modo, a Fisioterapia Esportiva tem o
desafio de realizar um diagnóstico preciso das lesões esportivas, com a reabilitação precoce e eficaz, restabelecendo a função do
atleta o mais rápido possível [2]. O projeto de extensão Atleta Sem Dor vem sendo desenvolvido pelo curso de Fisioterapia da
Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) desde 2011, tendo como proposta incentivar a prática de atividades esportivas na
comunidade interna e externa à UNIFAL-MG, bem como auxiliar atletas profissionais e amadores no controle de fatores de risco
às lesões do esporte e na adequada reabilitação dessas lesões. Materiais e métodos: Este projeto envolve 34 discentes, um
fisioterapeuta e três docentes do curso de Fisioterapia da UNIFAL-MG. São realizados atendimentos nas modalidades de futebol
de campo, futsal, handebol, vôlei, rugby, corrida de rua, montain bike, musculação e basquete onde são feitos levantamentos dos
tipos e número de lesões e anotações sobre os tipos de atendimentos prestados em cada modalidade. Quando necessário, o atleta é
encaminhado para reabilitação na Clínica Escola Professora Ana Cláudia Bonome Salatte, retornando às atividades esportivas
segundo conduta recomendada pela equipe. No ano de 2016 foram realizados encontros quinzenais para discussão de casos
clínicos, protocolos de tratamento, palestras ministradas pelos participantes do projeto e para planejamento de ações. Foram
ofertadas oficinas de Bandagem Esportiva, Pronto Atendimento em Beira de Quadra e Testes Especiais, Prevenção de Lesões no
Esporte e Miofibrólise Terapêutica aos integrantes do projeto. Resultados: Foram realizados aproximadamente 2300
atendimentos ambulatoriais e 612 atendimentos em campo/quadra durante o ano de 2016. Foram beneficiados pelo projeto atletas
do Torneio de Futsal Masculino e Feminino (Waldão), atletas dos Jogos Internos da UNIFAL (JIU), atletas do Torneio
InterUNIFAL, atletas da corrida Run For Parkinson e atletas da comunidade alfenense de diversas modalidades sendo eles
amadores ou profissionais. Dentre os atendimentos prestados no local dos jogos, 65% foram preventivos, destes o tratamento mais
solicitado foi a bandagem funcional de tornozelo e punho (76%). Quanto aos atendimentos imediatos na beira de quadra o mais
realizado foi a criomassagem equivalente a 31%. Dentre as lesões, as entorses de tornozelo foram as mais frequentes com 35%
dos casos. Quanto ao atendimento ambulatorial, o tratamento fisioterapêutico mais procurado é a reabilitação pós-reconstrução do
ligamento cruzado anterior (68%). Discussão: A possibilidade do aluno vivenciar a prática clínica, mecanismos de lesões e
competições esportivas faz com que adquira-se experiência em uma área pouco abordada na graduação, engrandecendo sua
formação e fortalecendo princípios necessários para se tornar um grande profissional. Conclusão: O projeto possibilitou
integração ensino, extensão e serviço, vinculados à prática assistencialista ao atleta. Além disso, capacitou os alunos participantes
a colocar em prática os conhecimentos adquiridos até o momento, contribuiu também para despertar o espírito de liderança, a
criatividade e a responsabilidade reforçando o seu compromisso social. |