| Resumo: | A amamentação não se esgota apenas em fatos biológicos, mas abrange dimensões construídas cultural, social e historicamente, e é caracterizada por uma interação complexa e influenciada por diversos fatores entre a mãe e o bebê [1,2]. Compreender esse processo e avaliar seu sucesso é um desafio atual. Os mitos e crenças que permeiam o cotidiano da nutriz existem há séculos e influenciam a prática da amamentação, gerando diferentes significados ao processo de amamentação, tanto para a mulher como para sua família [3,4]. Objetivo: apresentar os mitos e as crenças que as nutrizes revelaram durante as visitas domiciliares realizadas. Método: trata-se de um relato de experiência apresentando os mitos e as crenças das nutrizes em relação à amamentação, sendo que essas levam, na maioria dos casos, à complementação da mamada com leite artificial e ao desmame precoce. Resultados: das 16 nutrizes que receberam o acompanhamento do Projeto de Extensão, a grande maioria apresentou crenças como “leite fraco”, “pouco leite”, “ausência de bico na mama” e “bebê não pega o peito”. Durante a assistência de esses mitos e crenças são conversados com a nutriz e a família buscando intervir numa abordagem dialógica e educativa. Todas as nutrizes seguiram as intervenções preconizadas na assistência de enfermagem e mantiveram o aleitamento materno exclusivo. As ações educativas devem favorecer o interesse, a construção de conhecimentos e a desconstrução de mitos. O profissional enfermeiro tem uma importante contribuição, visto que assiste a mulher em todo ciclo gravídico-puerperal [4]. Conclusão: a assistência de enfermagem implementada no projeto busca resolutividade nas intervenções com a manutenção do aleitamento materno exclusivo. O conhecimento da realidade sociocultural da família e as ações de educação em saúde baseadas nessa realidade, são imprescindíveis para desmistificar as crenças e prevenir o desmame precoce. |