Resumo: | Introdução: As infecções hospitalares são particularmente incidentes em pacientes críticos, os quais são submetidos a um número muito grande de intervenções invasivas, como a ventilação mecânica (VM). Neste contexto, o desenvolvimento de pneumonia associada à ventilação (PAV) tem implicações importantes, não somente para o paciente como para a instituição[1]. Diante destes argumentos, profissionais de diversas áreas do conhecimento em saúde e gestores hospitalares têm se empenhado em apoiar, organizar e promover ações conjuntas de prevenção da PAV, dentre as quais encontra-se a aplicação de protocolos de cuidados. Objetivo: Avaliar o perfil do usuário de unidade de terapia intensiva; Embasar a segunda fase do estudo, composta pela elaboração de um protocolo e o monitoramento dos níveis plasmáticos de dois biomarcadores em pacientes em VM submetidos ao plano de cuidados. Material e Métodos: Foram utilizados prontuários de pacientes internados na UTI durante o mês de janeiro de 2015. Foram coletadas as seguintes variáveis: sexo, idade, total de dias de internação, presença de VM, desenvolvimento de PAV, exames, medicamentos, motivo de saída e tipo de atendimento. Todos os procedimentos foram previamente aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAL (Parecer: 951.689). Resultados: Foram 40 pacientes internados, com média de idade de 67,5 anos. Os motivos mais comuns de internação foram doenças cardiovasculares e bacterianas não especificadas. Dos 40 pacientes, 16 entraram em VM e, destes, 3 desenvolveram PAV. Foi observado aumento no total de dias de internação total e de dias na UTI em pacientes em VM (quando comparados a pacientes sem VM), e aumento ainda maior nesta variável em pacientes que desenvolveram PAV. Os 3 pacientes com PAV vieram a óbito. Dos 40 pacientes, 16 entraram em VM e, destes, 3 desenvolveram PAV. Foi observado aumento no total de dias de internação total e de dias na UTI em pacientes em VM (quando comparados a pacientes sem VM), e aumento ainda maior nesta variável em pacientes que desenvolveram PAV. Esse mesmo efeito pode ser observado também na média de exames Raio-X e antibiogramas realizados. Os 3 pacientes com PAV vieram a óbito. Conclusão: A PAV pode induzir aumento do tempo de hospitalização e da medicalização do cuidado e piora geral no quadro clínico do paciente, podendo levar a morte. Em relação ao impacto institucional, os dados sugerem que o aumento do tempo de hospitalização em UTI pode impactar aumentando os custos do paciente ao serviço de saúde. |